sábado, 26 de dezembro de 2009

Futebol para mulheres cegas

História
Porque não enxergamos obstáculos.
É inegável que, nos últimos anos, um dos esportes de maior crescimento em popularidade no Brasil e no mundo tem sido o futebol feminino. As duas medalhas de prata consecutivas obtidas pela seleção brasileira da modalidade nas Olimpíadas de Atenas (2004) e Pequim (2008) fizeram com que jogadoras como Marta e Cristiane se tornassem conhecidas entre os brasileiros. Na onda do sucesso do esporte, alguns países já contam com campeonatos bem estruturados da modalidade. E o paradesporto não podia estar de fora dessa tendência mundial. No ano de 2007, a cidade alemã de Tubingen foi lar do primeiro workshop no mundo voltado ao ensino e prática de futebol para meninas e mulheres cegas e deficientes visuais. Por trás do projeto, estava o professor da Urece, Gabriel Mayr. E a Alemanha, uma das potências do futebol feminino convencional, manteve o pioneirismo na modalidade paradesportiva. Desde então, mais dois workshops foram ministrados naquele país. O último deles aconteceu na cidade de Stuttgart, em setembro de 2009, tendo como um de seus instrutores o vice-presidente da Urece e atleta de futebol, Marcos Lima. Foram doze meninas vindas de várias partes da Alemanha, divididas em três grupos, segundo seus níveis de aptidão e experiência. O ginásio do clube MTV Stuttgart foi lar, no dia 5 de setembro de 2009, da primeira partida de futebol entre mulheres cegas da história. Os organizadores do workshop dividiram as participantes em três times de igual potencial, realizando assim um torneio com regras oficiais. A Alemanha é o único país que conta com mulheres cegas jogando oficialmente. Por não haver número suficiente de meninas para montar diversas equipes e organizar assim um campeonato próprio, as mais experientes são inseridas nas equipes masculinas durante a disputa da Blinden Bundesliga (o Campeonato Alemão de Futebol para Cegos). Ainda em processo de adaptação, as meninas começam a fazer a diferença em alguns times. Aneta foi a primeira mulher a marcar um gol em uma partida oficial entre os homens. Por isso, nada mais natural do que a Alemanha sediar o primeiro campeonato de futebol feminino para cegas no mundo. Organizada pela Deutscher Blinden- und Sehbehindertenverband e.V. - DBSV (Associação alemã de Cegos e Deficientes Visuais) o torneio contará com cinco equipes, sendo quatro da Alemanha e uma do Brasil, a Urece Esporte e Cultura.
O futebol feminino chega ao Brasil
A história do futebol feminino para mulheres cegas no Brasil confunde-se com a história da equipe Urece/America da modalidade. Idealizador do workshop em TUbingen, Gabriel Mayr trouxe o esporte para o Brasil. Em julho de 2009, a Urece formou a primeira equipe de futebol feminino do continente, reunindo seis atletas que já praticavam outros esportes na associação. O primeiro desafio da equipe é justamente o torneio internacional de Marburg. Graças a uma parceria com a organização do evento, a Urece obteve 11 passagens aéreas e ferroviárias , além de hospedagem para as atletas e comissão técnica. As meninas treinam no ginásio B da sede do America Football Club, no bairro carioca da Tijuca. Sobre a supervisão do mestre em educação física Gabriel Mayr, a equipe vem sendo treinada por Fausto Penello, Zélio Vianna e Thales Habib.
Madrinha de luxo
Um mês antes da realização da competição, a Urece ganhou o reforço de uma ilustre torcedora. Graças a contatos promovidos pela Urece, a três vezes melhor do mundo no futebol feminino, a atleta Marta, aceitou o convite para ser madrinha da equipe, aliando seu vitorioso nome a essas meninas pioneiras. Na cerimônia, ocorrida na cidade de Santos, as atletas da URece entregaram-na uma placa em braille com os dizeres "madrinha Marta". A saga das meninas da Urece, apoiadas por sua ilustre madrinha, foi assunto de matéria do semanário esportivo Esporte Espetacular, exibido pela Rede Globo de Televisão, o que deu outra dimensão ao projeto. (veja mais abaixo, em "futebol feminino na Urece").
Regras
As regras do futebol feminino seguem em sua totalidade as regras do futebol masculino para cegos. As partidas são realizadas em quadras abertas ou fechadas, das mesmas dimensões que as utilizadas na prática do futsal convencional, para pessoas que enxergam. A única modificação espacial necessária é o que se chama de banda lateral, um conjunto de compensados de madeira de um metro e meio de altura que percorre toda a lateral da quadra. Dessa maneira, a bola só sai de jogo após ultrapassar a linha de fundo, o quê dá ao esporte um dinamismo muito maior. As goleiras enxergam normalmente (videntes). Mas, para evitar que influam demasiadamente na dinâmica da partida, elas têm sua área de atuação restrita a uma pequena zona retangular de 2 por 5 metros, próxima ao gol. Além disso, um guia denominado(a) chamador(a), posicionado atrás do gol adversário, orienta as jogadoras de ataque de sua equipe. Para evitar que haja disparidade entre as atletas provocadas por possíveis resíduos visuais, a regra as obriga a utilizarem o Tampão Oftalmológico, recoberto por uma venda. No entanto, o elemento mais curioso que envolve o esporte é a bola, especialmente produzida para a modalidade. Ela tem a superfície recoberta por gomos dentro dos quais são acondicionados e costurados guizos de ferro. Quando a bola está em movimento, esses guizos balançam em seu interior e o som produzido orienta as atletas.

Comitê Praolímpico Brasileiro

Objetivos Gerais
Consolidar o Movimento Paraolímpico no Brasil, visando o pleno desenvolvimento e difusão do esporte de alto-rendimento para pessoas com deficiência em nosso País.
Objetivos Promocionais
Aumentar a visibilidade e a empatia do Movimento Paraolímpico junto à mídia e à sociedade em geral;
Manutenção de um núcleo de comunicação e marketing esportivo, visando implantar ações integradas de assessoria de imprensa, relações públicas, promoções, comunicação visual e marketing;
Criar situações para que o produto Movimento Paraolímpico possa ser utilizado estrategicamente por seus parceiros para divulgação e comercialização de seus produtos e serviços, bem como para a conquista, manutenção e fidelização de seus clientes;
Implantar uma estrutura operacional e promocional dos eventos capaz de atender às expectativas e interesses estratégicos dos parceiros e seus clientes;
Desenvolver e implantar um programa de capacitação de recursos humanos em forma de seminários e oficinas de administração e marketing esportivo de âmbito regional e nacional, visando modernizar e instrumentalizar as associações filiadas de gestão e clubes de prática do esporte paraolímpico;
Criar, desenvolver e implantar um programa de licenciamento do Movimento Paraolímpico de âmbito nacional.
Objetivos Técnicos
Proporcionar condições técnicas e científicas para o desenvolvimento dos atletas integrantes da Equipe Paraolímpica Brasileira;
Criar um ranking nacional para os atletas paraolímpicos brasileiros;
Padronizar os métodos e instrumentos de avaliação da performance dos atletas;
Fomentar a realização de competições nacionais para a motivação e detecção de novos talentos;
Estimular a participação de atletas e equipes paraolímpicas brasileiras em competições internacionais;
Capacitar e qualificar profissionais envolvidos nos setores meios e fins, constituintes do processo paraolímpico;
Estimular a qualificação profissional dos atletas paraolímpicos, visando o planejamento da pós-carreira esportiva dos mesmos;
Identificar condições de trabalho para os atletas paraolímpicos, visando sua inclusão social e profissional;
Criar e implantar um calendário para o esporte paraolímpico brasileiro;
Proporcionar uma infra-estrutura de desenvolvimento do esporte de alto-rendimento para pessoas com deficiência do País;
Estabelecer normas e critérios de qualidade e funcionamento para as Associações Filiadas e Clubes Paraolímpicos, visando a padronização dos instrumentos gerenciais de acompanhamento de processos, projetos e resultados.
www.cpb.org.br

Comitê Praolímpico Brasileiro

Objetivos do Comitê Paraolímpico Brasileiro

Objetivos Gerais

Consolidar o Movimento Paraolímpico no Brasil, visando o pleno desenvolvimento e difusão do esporte de alto-rendimento para pessoas com deficiência em nosso País.
Objetivos Promocionais
• Aumentar a visibilidade e a empatia do Movimento Paraolímpico junto à mídia e à sociedade em geral;
• Manutenção de um núcleo de comunicação e marketing esportivo, visando implantar ações integradas de assessoria de imprensa, relações públicas, promoções, comunicação visual e marketing;
• Criar situações para que o produto Movimento Paraolímpico possa ser utilizado estrategicamente por seus parceiros para divulgação e comercialização de seus produtos e serviços, bem como para a conquista, manutenção e fidelização de seus clientes;
• Implantar uma estrutura operacional e promocional dos eventos capaz de atender às expectativas e interesses estratégicos dos parceiros e seus clientes;
• Desenvolver e implantar um programa de capacitação de recursos humanos em forma de seminários e oficinas de administração e marketing esportivo de âmbito regional e nacional, visando modernizar e instrumentalizar as associações filiadas de gestão e clubes de prática do esporte paraolímpico;
• Criar, desenvolver e implantar um programa de licenciamento do Movimento Paraolímpico de âmbito nacional.
Objetivos Técnicos
• Proporcionar condições técnicas e científicas para o desenvolvimento dos atletas integrantes da Equipe Paraolímpica Brasileira;
• Criar um ranking nacional para os atletas paraolímpicos brasileiros;
• Padronizar os métodos e instrumentos de avaliação da performance dos atletas;
• Fomentar a realização de competições nacionais para a motivação e detecção de novos talentos;
• Estimular a participação de atletas e equipes paraolímpicas brasileiras em competições internacionais;
• Capacitar e qualificar profissionais envolvidos nos setores meios e fins, constituintes do processo paraolímpico;
• Estimular a qualificação profissional dos atletas paraolímpicos, visando o planejamento da pós-carreira esportiva dos mesmos;
• Identificar condições de trabalho para os atletas paraolímpicos, visando sua inclusão social e profissional;
• Criar e implantar um calendário para o esporte paraolímpico brasileiro;
• Proporcionar uma infra-estrutura de desenvolvimento do esporte de alto-rendimento para pessoas com deficiência do País;
• Estabelecer normas e critérios de qualidade e funcionamento para as Associações Filiadas e Clubes Paraolímpicos, visando a padronização dos instrumentos gerenciais de acompanhamento de processos, projetos e resultados.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Instituto Superar apresenta o Centro de Treinamento Paraolímpico

O Instituto Superar reuniu os principais nomes do esporte paraolímpico nacional nesta segunda-feira (07/12) para o lançamento da pedra fundamental do Centro de Treinamento Paraolímpico, em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O complexo tem como finalidade tornar-se referência para o esporte paraolímpico no Brasil.
Idealizado pelo Superar e patrocinado pela Unimed-Rio, Ale Combustíveis, You Move e pelo Laboratório MSD, o CTP será adaptado para ser acessível e alojar atletas de 15 modalidades em suas diversas etapas de treinamento.
Com 40 mil metros quadrados, as instalações receberão esportes como natação, atletismo, futebol de 5 e de 7, basquete, vôlei, halterofilismo, judô, goalball, esgrima, bocha, tênis de mesa, tênis e tiro com arco. As obras terão início em janeiro de 2010 e têm previsão de funcionamento já para 2011.
O CTP está sendo preparado para ser o principal núcleo paraolímpico do país, com a construção de equipamentos esportivos de ponta e será 100% acessível, o primeiro da América Latina com essas características.

O lançamento da pedra fundamental do CTP reuniu mais de 20 atletas de peso como os nadadores recordistas mundiais Daniel Dias e Andre Brasil; os cegos mais rápidos do mundo Terezinha Guilhermina e Lucas Prado; o tetracampeão paraolímpíco Antônio Tenório além de muitos outros medalhistas nos Jogos de Pequim 2008.

Acessibilidade - Esportes Adaptados: Urece-esporte

Acessibilidade - Esportes Adaptados: Urece-esporte

Urece-esporte

É uma associação não governamental sem fins lucrativos com sede no município do Rio de Janeiro. Buscamos, através do desenvolvimento de atividades esportivas e culturais, contribuir para a formação de pessoas com deficiência visual de modo a favorecer sua inclusão na sociedade. Nosso maior objetivo é dar o suporte que nossos beneficiados necessitam para que possam se desenvolver como esportistas, artistas e cidadãos.
Fundada em outubro de 2005, a Urece Esporte e Cultura congrega pessoas com diferentes graus de deficiência visual, instrutores com diversas qualificações nas áreas do paradesporto e da cultura, profissionais de saúde especializados no esporte adaptado e demais interessados na promoção e no desenvolvimento de tais atividades.
O maior diferencial da Urece está no fato de ser uma associação fundada e regida por deficientes visuais com a ajuda de profissionais com vasta experiência no desenvolvimento de atividades voltadas para este segmento. A associação surgiu do desejo de atletas e treinadores de construírem juntos uma associação que fosse voltada inteiramente para esporte e cultura para deficientes visuais, de modo que todos os recursos pudessem ser investidos no desenvolvimento das metas da Urece.

Urece-cultura



“Se eu sou uma artista, o que quero que chegue primeiro às pessoas é a minha arte, não minha deficiência" - Sara Bentes, cantora e compositora, pessoa com deficiência visual.
A arte já demonstrou ter papel fundamental como fator de inclusão social para qualquer segmento oprimido pela discriminação e pelos rótulos negativos. Afinal de contas, integrar um grupo musical, de teatro ou de dança é se sentir membro de um corpo, parte de um todo. Para o deficiente, geralmente excluído da vida social, isso é ainda mais importante porque significa cidadania, auto-estima e confiança. Cultura e esporte se aproximam nos benefícios que trazem ao portador de deficiência visual. A dança e o teatro, por exemplo, permitem que a pessoa cega descubra as potencialidades e limites de seu corpo, além de desvelar uma nova forma de linguagem até então ofuscada pela própria deficiência: a expressão corporal.
Já a literatura, por dispensar o apelo imagético, estimula o poder do imaginário, permitindo que o deficiente visual não só se envolva com o caráter ficcional do livro, mas também faça dele um instrumento de conhecimento sobre as coisas que o cercam.
Para nós, a arte é uma ferramenta de inclusão social e de busca da cidadania, mas é também um meio de o deficiente se afirmar como profissional de sua área e ser valorizado e reconhecido como tal. Com base em histórias de sucesso de membros da Urece Esporte e Cultura, acreditamos que outros jovens possam seguir seus passos e se tornarem artistas de alto nível.
A Urece Esporte e Cultura atualmente organiza aulas de dança, em parceria com a Faculdade Angel Vianna, além de incentivar o grupo musicalMúsica O Som do Invisível. Formado inteiramente por músicos com deficiência visual, o objetivo do grupo é tocar as pessoas pela arte e não por sua deficiência.
Urece - Esporte e Cultura para Cegos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

SOBAMA

A Sobama, Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada, fundada em 9 de dezembro de 1994, na cidade de São Paulo, é uma sociedade civil de caráter científico e educacional sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria que visa o progresso dos estudos da atividade motora adaptada em todas as suas áreas.
A idéia da criação da Sobama nasceu de vários profissionais que atuando na área por vários anos, sentiram a necessidade de se aglutinarem em uma sociedade de caráter científico, facilitanto, desta forma, o intercâmbio e a troca de experiência.

Por que atividade motora adaptada enão educação física adaptada?

Em muitos lugares utiliza-se tanto os termos educação física adaptada como atividade motora adaptada. Na Sobama considera-se que a palavra atividade motora enfatiza as necessidades de vivências relacionadas ao movimento corporal em todo tipo de ambiente. A palavra educação, por outro lado, é freqüentemente usada para enfocar indivíduos na idade escolar em ambientes de instrução. A atividade motora adaptada corresponde a um conjunto de atos intencionais que visam melhorar e promover a capacidade para o movimento considerando-se as diferenças individuais e as dispacidades em contextos inclusivos ou não.

Convenção da Guatemala

Reafirmando que as pessoas portadoras de deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que outras pessoas e que estes direitos, inclusive o direito de não ser submetidas a discriminação com base na deficiência, emanam da dignidade e da igualdade que são inerentes a todo ser humano.

Convenção de Salamanca - Espanha

Sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades. Estabeleçam mecanismos participatórios e descentralizados para planejamento, revisão e avaliação de provisão educacional para crianças e adultos com necessidades educacionais especiais.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Thomas Fogel e Anne Cormorant

Fogel é fisioterapeuta há quatro anos e integra a seleção francesa há três. Ele explica que o trabalho da fisioterapia é diferente com os paratletas, porque uma pessoa que tem apenas um braço faz um esforço maior deste lado, logo, é natural que faça uma compensação do lado oposto. Para este fato é necessária uma intervenção para auxiliar o atleta a buscar uma melhor postura dentro da água e, consequentemente, melhorar sua performance. Por este motivo, o trabalho da fisioterapia começa ao mesmo tempo em que se inicia o ciclo de treinamentos.
Fogel participa indiretamente dos campeonatos regionais para auxiliar a comissão técnica, mas sua participação efetiva é quando a seleção francesa se prepara para competições internacionais. Ele chegou à seleção francesa através do convide de Anne Cormorant, técnica, que precisava de um fisioterapeuta jovem.
Cormorant é responsável por organizar os jogos na região norte da França, onde tem como função a descoberta de talentos e promover a popularização do esporte.
Tem formação em educação física e é mestre em natação. O para desporto surgiu na sua vida quando foi dar aulas numa escola que tinha pessoas com deficiência.
Na França existem cursos de especialização em seis semanas e outros cursos em uma semana.
A sociedade francesa valoriza as pessoas com deficiência ou baixa mobilidade, mas ainda é preciso amadurecer o apoio ao para desporto, pois dos 20 atletas que tinham índice para a competição no Rio de Janeiro, apenas 8 puderam vir. Estes apresentaram um bom resultado, pois foram 18 medalhas conquistadas em piscina de 25m. O “Campeonato Mundial em piscina de 25m” foi uma das etapas de preparação para o mundial em piscinas de 50m, a ser realizado em agosto de 2010, na Holanda.





Juanpablo Rosatti



Este atleta tem 26 anos e nasceu na cidade de Córdoba, atualmente vive em Buenos Aires – Argentina, onde pratica a natação, como paradesporto.
A natação surgiu na sua vida em função de um problema físico que ocorreu na sua vida. Antes, porém, Rosatti praticava futebol e basquete. Mas aos 11 anos ele precisou amputar a perna esquerda. A condição de deficiente em que se encontrava aconteceu graças a um tumor cancerígeno.
A recuperação, através da fisioterapia, mostrou-lhe a possibilidade da natação, pois era uma forma de reabilitação física que não o deixava muito fatigado.
Segundo Rosatti, o Governo Argentino, não tem condições de apoiar muito os esportes amadores, inclusive o para desporto. O para desporto é uma saída para a reabilitação, por este motivo atingir o índice para competir no exterior é um esforço individual. São apenas quatro competições por ano em todo país.
Rosatti participou de três Panamericanos, 2 Mundiais e 1 Paraolimpíada, em Pequim. Apesar de receber apoio do Governo, através das federações, Rosatti conta muito com o apoio dos amigos e dos pais.
A cidade de Buenos Aires tem algumas estratégias de adaptação para a circulação de pessoas com deficiência e pouca mobilidade, mas ainda falta muita coisa para ser ideal, sobretudo é preciso mudar a consciência das pessoas em relação a este assunto.
Sua classificação é a S-9 e sua especialidade é a prova de 100m costas.

Contato: eljuan83@argentina.com

Stephanie Millward

Atleta inglesa moradora de Swansea, tem 28 anos e apresenta uma lesão leve, mas que a qualifica entre os atletas com deficiência.
Millward sofreu uma esclerose múltipla aos 17 anos, que comprometeu parte da visão e a coordenação motora das pernas. Após uma competição ou um esforço intenso ela precisa do auxílio da cadeira de rodas, pois não tem muita força nas pernas.
Se a doença a levou a uma condição de deficiência física, o clima de sua cidade propiciou a prática da natação, pois ela nada desde os 4 anos de idade.
Ela chegou a seleção inglesa após bater um record na prova de 100m costa no campeonato nacional (1998), então seu namorado a apresentou aos técnicos e, a partir desta data, foi procurada para integrar a equipe de seu país.
Na Inglaterra é organizado apenas um campeonato de paradesporto por ano envolvendo a natação, entretanto há outros torneios regionais que servem de preparação para o nacional.
Sua classificação é S-9 e suas provas são: borboleta, costas, livre e medley.
No primeiro Campeonato Mundial em Piscinas de 25m, realizado no Rio de Janeiro, ela ganhou 6 medalhas: 2 de ouro, 3 de prata e 1 de bronze.
Contato: stephanielmiss@aol.com

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mpho Mainganye

Atleta sul africano nascido em Soweto – Joanesburgo, tem 18 anos. Sua deficiência é congênita e mostra a má formação dos membros superiores. A causa do seu problema é desconhecida, mas sabe-se que sua mãe também tem má formação em uma das mãos. Mpho tem os dois braços encurtados e as mãos são deformadas e isso traz algumas dificuldades no convívio em sociedade.
A SASCOC (South AmericanSports Confederation Olympic Committes) oferece pouco apoio à sua delegação. Os atletas sul africanos devem pagar seus custos para estar no Campeonato Mundial de Natação em piscinas de 25m, a ser realizado no Rio de Janeiro. Os dois atletas negros não tinham recursos para participar, então eles prestaram serviços na escola para conquistar o direito de viajar junto com a delegação.
Esta é a primeira competição de Mpho, mas ele nada desde os 7 anos de idade. Sua classificação é S7 e as provas concorridas são: 200m e 50m livres, 100m peito, 100m medley.
Peta Kaplan é a chefe da delegação e disse que apesar do quadro, existe uma política pública para o desenvolvimento dos paraatletas.
E-mail: mphomr@gmail.com
petak@gpg.gov.za
peta@yebo.co.za

Rodrigo Machado

É um atleta oriundo do Rio de Janeiro, componente da Seleção Brasileira, que apresenta uma deficiência visual desde muito jovem. Sua baixa visão é marca de nascença, em que apresentava apenas 30% no olho esquerdo e 40% no direito.
Sua situação se agravou quando foi alvejado por uma bola de tênis, aos 11 anos. Houve uma coagulação que afetou a fragilidade da retina.
Aos 12 anos, após uma cirurgia mal sucedida, o atleta passou a não apresentar mais nenhuma visão.
Rodrigo já era um atleta de natação e praticava travessias no mar acompanhado dos familiares, após o agravamento da lesão passou a freqüentar o Instituto Benjamin Constant, nesta instituição passou 13 anos. Em função de necessidade de novos treinos, sobretudo no período de férias, migrou para outra instituição que poderia garantir as suas necessidades de preparação para as provas de natação, a ONG: URECE.
Sua classificação é SB11. A letra “B” indica que é um atleta com deficiência visual.
Suas provas: 50m livres, 100m peito e 4 x 100.

www.urece.org.br

Charles Rozoy

Rozoy tem 22 anos e pratica o paradesporto há um ano e meio, mas ele já era praticante de natação. Já era atleta e participava de competições locais. O atleta nada há dezeseis anos, por isso a adaptação foi apenas uma conseqüência na sua vida.
Ele trabalhava como salva-vidas em piscinas e quando voltava para casa, de moto, sofreu uma colisão e foi jogado por baixo do muro de proteção que separa as estradas francesas. O acidente gerou uma lesão, que rompeu os ligamentos responsáveis pelo braço esquerdo, o atleta teve preservado o movimento da mão, mas ficou limitado.
Sua primeira competição internacional, como paratleta foi na Islândia – de 15 a 25 de outubro de 2008, onde ganhou a medalha de ouro na prova de 100 metro borboleta.
No Rio de Janeiro, participou do Campeonato Mundial de Natação em piscina de 25 metros, foi classificado na categoria S8, onde ganhou uma medalha de ouro, na mesma prova e outra de bronze, nos 50 metros livres.
Rozoy nasceu na cidade de Dijon – França. Em sua cidade, a natação não é muito forte, pois são poucas piscinas porque a demanda, também é muito pequena. O atleta se destacou em função de utilizar a estrutura existente desde o período em que era atleta sem deficiência.
A cidade de Dijon tem vocação para o paradesporto tiro com arco e tênis de mesa adaptado.

Contato: rozoycharles@hotmail.fr

David Smétanine

É um atleta francês paraolímpico com 35 anos. Nasceu na cidade de Grenoble, sudeste da França.
Sofreu um acidente de carro aos 21 anos e foi cuspido pela janela, por este motivo não tem os movimentos das pernas. O acidente deixou uma lesão na região cervical e outra na dorsal. A lesão foi parcial, foi uma compressão da medula por isso a recuperação foi mais fácil e atualmente ele mexe os braços e as mãos.
No que tange ao corpo humano, nada é sempre muito exato. No caso de David Smétanine, a lesão na região cervical foi mais fácil de recuperar do que a da região lombar. Paradoxalmente, a região cervical é responsável por mais órgãos vitais, localizados no tórax, por isso mais complexa. Mas foi a região lombar que o deixou dependente de uma cadeira de rodas. As provas de natação adaptada são divididas em classes, em que o S1 é o atleta que tem o maior comprometimento pela lesão, enquanto que o S10 tem o menor comprometimento funcional. Smétanine está classificado em S4. Suas provas são 50, 100 e 200 metros. Ele nada os quatro estilos, entretanto a sua preferência é pelas provas de velocidade, sobretudo o estilo livre.
Participou de duas copas da Europa, Olimpíadas de Atenas – 2004 e Pequim – 2008, três copas do mundo. No primeiro Campeonato Mundial de Piscinas de 25 metros, realizado no Rio de Janeiro, Smétanine ganhou uma medalha de ouro e outra de prata.

Contato: david.smetanine@wanadoo.fr

sábado, 21 de novembro de 2009

Equitar - hipoterapia e equitação terapêutica.




A Equitar nasceu de uma proposta diferenciada ao atendimento às pessoas portadoras de necessidades especiais através da Drª Beatriz Berro Marins e de seu marido Carlos Eduardo Marins.

Atuando em clubes no Rio e em Niterói desde 1987, a Equitar consolidou sua atuação participando de vários congressos e cursos como também através de trabalhos publicados no Brasil e no exterior. Sua equipe é constituída por profissionais com cursos em HIPOTERAPIA/EQUOTERAPIA pela Ande-Brasil - Associação Brasileira de Equoterapia e Narha*-North American Riding for the Handicapped Association, das diversas áreas de saúde (terapia ocupacional, fonaudiologia, fisioterapia, psicomotricidade e veterinária) e Humanas (desenho industrial e arquitetura). Os profissionais da área de Saúde também atuam com a capoeira e judô especiais visando uma melhor integração corpo-mente. A Equitar ministra cursos básico e avançado e oferece estágio, supervisão e orientação monográfica, bem como consultoria para empresas, universidades e centros de saúde para implementação da Hipoterapia.


Em 2007, a Equitar recebeu, pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, uma Moção de Louvor, Gratidão e Aplauso pelos relevantes serviços prestados à causa das pessoas com deficiência.

Em 15 dezembro de 2007, Beatriz Berro Marins recebeu a Comenda de Ordem do Mérito do Empreendedor Oswaldo Cruz (saúde) na Academia Brasileira de Letras através do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação, Centro de Estudos Estratégicos do UNI IBMR e Academia Nacional de Honrarias e Méritos.

Para a Equitar, é um grande orgulho receber atos de reconhecimento como estes. Certamente grandes motivadores para que cada vez mais se possa dar melhores condições a essas pessoas que tanto necessitam.
Atualmente as sessões de atendimento HIPOTERÁPICO/EQUOTERÁPICO são realizadas no Jockey Club Brasileiro (Gávea-R.J.) e no Manége Vargem Grande (Vargem Grande-R.J).


Drª Beatriz Berro Marins

Telefone: 0 XX 21 3905-8933Rua Resedá,30 - 2° andarCEP:22471-230Rio de Janeiro - RJ

Lazer com ADAPTSURF


A ADAPTSURF é uma Instituição que tem como missão promover a inclusão e integração social das pessoas com deficiencia ou mobilidade reduzida, garantindo igualdade de oportunidades e acesso ao lazer, esporte e cultura, através do contato direto com a Natureza. A ONG ADAPTSURF realizou o evento ADAPTSURF em NITERÓI, um dia de Integração Social na praia de Itacoatiara. Com atividades de esporte e lazer adaptados, incluindo: surf adaptado, remada em prancha, jogos e brincadeiras na areia, banho de mar e ainda a participação dos alunos e atletas realizando uma demonstração de surf adaptado. A participação é gratuita e direcionada às pessoas com deficiência, familiares e amigos. Sexta-feira, 20 de novembro de 2009, das 10 às 15 horas.Praia de Itacoatiara, Costão. Niterói - RJ

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tricampeão da OBMEP.

Lula lança candidatura de cadeirante a símbolo da Olimpíada de Matemática Medalhista tricampeão era levado à escola num carrinho de mão. Ricardo, de 20 anos, só frequenta escola há três anos. Durante a premiação dos 300 medalhistas de ouro da 4 ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), na Escola Naval, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou mais uma candidatura no país: a do estudante Ricardo Oliveira da Silva, de 20 anos, como símbolo do evento.Tricampeão na olimpíada, Ricardo, que sofre de amiotrofia espinhal e anda de cadeira de rodas, só começou a frequentar a escola formal há três anos. Ele foi o sexto colocado geral no concurso. O estudante, que atualmente está no 9º ano, concorreu com os estudantes do nível 2 – para alunos da 7º e 8º anos do ensino fundamental. Ele foi um dos 300 ganhadores da medalha de ouro na olimpíada.Nascido na cidade de Várzea Alegre, no interior do Ceará, Ricardo contou que, por falta de condições, recebia aulas em casa uma vez por semana. Antes de conseguir uma cadeira de rodas, ele era transportado para a escola pelo pai dentro de um carrinho de mão. “Depois desta terceira medalha de ouro, vai acabar sendo convidado para fazer novela. E o título da novela vai ser “O gênio”. Tem muita gente que tem todas as condições para não reclamar da vida, mas vive reclamando, de má vontade.Ricardo deveria ser o símbolo da Obmep”, disse o presidente, que foi aplaudido; e Ricardo, ovacionado pelo público.E o presidente continuou: "Eu estava com um discurso aqui, Ricardo, para falar bem de você outra vez. Mas se eu ficar falando bem de você mais uma vez daqui a pouco você vai querer parar de estudar e ser candidato a vereador lá na sua terra. Não pode ter exemplo maior do que o Ricardo. Nenhum de nós pode se comparar às condições do companheiro Ricardo. E ele já melhorou muito". Primeira medalha em 2006Ricardo conta que tão logo começou a frequentar a escola descobriu sua vocação na matemática. E começou a se empenhar por conta própria nos estudos. Com o apoio dos professores, ele se inscreveu pela primeira vez na olimpíada em 2006. Ficou em 31º lugar. No ano seguinte, se empenhou menos e ficou em 81º lugar, levando para casa a segunda medalha de ouro da Obmep. “Bem que ia gostar de ser o primeiro colocado no ano que vem, mas a concorrência é muito grande. Este ano, foram 18 milhões de inscritos. Meu sonho é participar de uma olimpíada mundial. Mas isso ainda é um sonho”, disse o rapaz que no momento só pensa em continuar estudando e ganhando conhecimento.Na cerimônia, o presidente Lula incluiu alguns dos alunos homenageados em seu discurso e pediu à imprensa que colocasse “a cara desses meninos e meninas na televisão”. “Sabe por quê? Porque o mundo é movido a maus e a bons exemplos”, disse Lula, arrancando aplausos da plateia. Outros destaquesAlém de Ricardo, Lula citou o exemplo de Maria Clara Mendes, estudante de uma escola pública da cidade de Pirajuba, em Minas Gerais, com pouco mais de três mil habitantes. A aluna recebeu três medalhas de ouro contrariando, segundo o presidente, a ideia de que as mulheres não se destacam quando o assunto é matemática. “Mulher já está querendo até governar a cidade, o país”, brincou Lula, numa referência velada à ministra Dilma Rousseff. “Mulher está pegando cargo de chefia nas empresas, mulher está entrando na Marinha, na Aeronáutica, acabou o preconceito de que mulher tem alguma coisa inferior. As mulheres são iguais ou mais competentes do que os homens para fazer muita coisa”. Lula também não economizou elogios ao estudante Gerson Tavares Câmara de Souza, filho de um operário e uma empregada doméstica que já ganhou quatro medalhas de ouro nas olimpíadas de matemática. “O único brasileiro a ganhar quatro medalhas de ouro nesta que é a maior olimpíada de matemática do mundo”, frisou Lula. “Ninguém pense que o Gerson tetracampeão está levando a vida do meu amigo Ronaldão, que está ganhando dinheiro, não pense, não. O Gerson estudou em escola noturna porque de manhã fazia curso técnico de elétrica no nosso Senai. E à noite estágio numa empresa de automação industrial. A luta continua. Agora na USP Gerson sai de casa antes das 5h da madrugada e só volta depois das 22h”, disse o presidente. Lula também comentou a decadência do ensino público nas últimas décadas e criticou a falta de acesso dos estudantes de baixa renda às universidades federais. “Veja que absurdo nós vivemos no Brasil. Hoje, os jovens de escolas públicas que não podem pagar uma escola excepcional privada na hora que vão para a universidade eles não conseguem entrar nas universidades públicas”, disse o presidente. “E o empresário mais rico do Brasil como o filho dele teve uma escola de qualidade, com professores selecionados e até com reforço particular em casa, o filho dele entra numa universidade pública que deveria ser das crianças menos favorecidas. Então houve uma inversão de valores no Brasil”. Além de receber a medalha de ouro das mãos do presidente, Ricardo também ganhou um laptop do Itaú Social, assim como os outros 33 campeões da olimpíada. A Obmep premiou 300 alunos com a medalha de ouro, 900 com a medalha de prata e 1.800 com a medalha de bronze.

Fonte: Portal de Noticias da Globo – G1.
Sugerida por : Patrícia Fabiano.

Instituto Superar



O Instituto Superar é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo principal de fomentar o esporte paraolímpico em busca de performance técnica e resultados, além de visibilidade e reconhecimento da sociedade, promovendo o desenvolvimento da pessoa com deficiência por meio do esporte adaptado, da educação, agindo como um provedor de recursos com nítida ação de inclusão social.
Criado em 2007 pelo jornalista Marcos Malafaia, o Superar é hoje o elo entre o mercado (empresas) e as propriedades de marketing do esporte paraolímpico (atletas, eventos, projetos, clubes, associações, entidades em geral).
O Instituto Superar é gestor dos direitos de imagem da maior parte dos atletas de ponta do país e detentor, fisicamente, das imagens de eventos paraolímpicos dos últimos cinco anos. Portanto, pode oferecer aos seus parceiros um impressionante arquivo de imagens para uso institucional e/ou comercial. Além disso, o Superar oferece alta capacitação em comunicação, divulgação e marketing especificamente voltados para o desporto paraolímpico.
O Instituto Superar é parceiro do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), do Comitê Paraolímpico das Américas (APC) e do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) e organizador de eventos paraolímpicos sejam eles competições ou eventos comemorativos.
Em apenas dois anos, o Superar já atingiu metas incríveis: tem hoje em seu quadro os melhores atletas paraolímpicos do país, parceiros e investidores em projetos diversos e é reconhecido por todo o movimento paraolímpico.

Maurício de Souza

Quem não cresceu lendo as fantásticas histórias em quadrinhos da Mônica, Cebolinha, Chico Bento, entre outros? Os personagens que povoam o imaginário infantil agora tem a companhia de Tati (Síndrome de Down), Dorinha (Deficiente Visual) e Luca (Cadeirante).
Esses novos personagens foram criados pelo renomado artista Maurício de Souza, que é o entrevistado desta edição da Revista Vitória.
Começando pela base da pirâmide para mudarmos a realidade de preconceito que ainda existe em nosso país, é fundamental que estes personagens façam parte da vida, principalmente das crianças, que leem as revistas em quadrinhos. Isto porque, elas convivendo com esta realidade se tornaram adolescentes, jovens e adultos com outra consciência social. Segundo Maurício de Souza, nas apresentações do Parque da Mônica por todo Brasil, com toda espontaneidade, as crianças perguntam para os personagens sobre todos os assuntos e tiram todas as dúvidas e curiosidades. Na entrevista, Maurício de Souza contou um pouco mais sobre a idéia de criar a Revista "Viva as diferenças", lançada em março deste ano, em São Paulo. A publicação tem o propósito de esclarecer a população sobre alguns aspectos de diferentes tipos de deficiência e, desta forma, ampliar a oportunidade de inclusão e a possibilidade de aprendizado mútuo, reforçando o conceito de que é fundamental respeitar e conviver com as diferenças.
Algumas questões que merecem destaque é:
Para que possamos viver um mundo onde as pessoas respeitam as diferenças, principalmente relacionados às pessoas com deficiência, o que você acha que ainda precisa ser feito?
Depois da conscientização, cuidar melhor da acessibilidade, inclusão nas escolas , carinho e estímulo à crianças e algumas ações do nosso legislativo.
Qual o objetivo da Revista "Viva a diferença" que foi lançada recentemente?
A Síndrome de Down tem uma particularidade, pois aparece em diversos níveis nas crianças. Assim uma criança com Down pode ser diferente de outra com a mesma síndrome. Assim como todos nós somos diferentes uns dos outros. Mas temos que ser iguais no convívio mútuo. A revista induz o leitor a pensar como cidadão no trato com pessoas com algum tipo de deficiência.
Fonte: Revista Vitória. No 19, 2009.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pestalozzi

Biografia
Seu pai morreu quando ainda era criança, tendo sido criado pela mãe, sua família empobreceu. As dificuldades para sobreviver fortaleceram sua alma ainda na infância. Ele conheceu de perto o preconceito social e teve de lutar muito para se tornar conhecido numa sociedade dividida entre nobres e plebeus e entre ricos e pobres. Durante esse período recebeu orientação religiosa protestante, mas considerava-se sempre um cristão, sem defender qualquer religião.
Após a leitura do Emílio, de Rousseau, Pestalozzi foi influenciado pelo movimento naturalista e tornou-se um revolucionário, juntando-se aos que criticavam a situação política do país.
Na Universidade de Zurique associa-se ao poeta Lavater num grupo de reformistas. Gastou parte de sua juventude nas lutas políticas mas, em 1781, com a morte do amigo e político Bluntschli, abandonou o partido para dedicar-se à causa da educação.
Casou-se aos 23 anos e comprou um pedaço de terra onde intentou o cultivo de ruiva (Rubia tinctorum – planta herbácea de onde se pretendia tirar um corante) mas, não sendo agricultor, fracassou.
Por este tempo havia feito de sua casa na fazenda uma escola. Escreveu "As Horas Noturnas de um Ermitão" (The Evening Hours of a Hermit – 1780), contendo uma coleção de pensamentos e reflexões. A este livro seguiu-se sua obra-prima: Leonardo e Gertrudes ("Leonard und Gertrud" – 1781), um conto onde narra a reforma gradual feita primeiro numa casa, depois numa aldeia, frutos dos esforços de uma mulher boa e dedicada. A obra foi um sucesso na Alemanha, e Pestalozzi saiu do anonimato.

O horror da guerra: nasce o "Método Pestalozzi"
A invasão francesa da Suíça em 1798 revelou-lhe um caráter verdadeiramente heróico. Muitas crianças vagavam no Cantão de Unterwalden, às margens do Lago de Lucerna, sem pais, casa, comida ou abrigo. Pestalozzi reuniu muitos deles num convento abandonado, e gastou suas energias educando-os. Durante o inverno cuidava delas pessoalmente com extremada devoção mas, em junho de 1799, o edifício foi requisitado pelo invasor francês para instalar ali um hospital, e seus esforços foram perdidos.

Em 1801 Pestalozzi concentrou suas idéias sobre educação num livro intitulado "Como Gertrudes ensina suas crianças" (Wie Gertrude Ihre Kinder Lehrt). Ali expõe seu método pedagógico, de partir do mais fácil e simples, para o mais difícil e complexo. Continuava daí, medindo, pintando, escrevendo e contando, e assim por diante.
Em 1799 obteve permissão para manter uma escola em Burgdorf, onde permaneceu trabalhando até 1804. Em 1802 foi como deputado a Paris, e fez de tudo para fazer com que Napoleão se interessasse em criar um sistema nacional de educação primária; mas o conquistador disse-lhe que não podia perder tempo com o alabeto.


A Escola
Em 1805 ele mudou-se para Yverdon, no Lago Neuchatel, e por vinte anos dedicou-se ao seu trabalho continuamente. Ali era visitado por todos que se interessavam pela educação, como Talleyrand, d'Istria de Capo, e Mme. de Staël. Foi elogiado por Humboldt e por Fichte. Dentre seus discípulos incluem-se Denizard Revail, Ramsauer, Delbrück, Blochmann, Carl Ritter, Froebel e Zeller.
Por volta de 1815 dissensões surgiram entre os professores de sua escola, e os últimos 10 anos de seu trabalho foram marcados por cansaço e tristeza. Em 1825 ele se aposentou em Neuhof. Escreveu suas memórias e seu último trabalho, "O canto do cisne", vindo a morrer em Brugg.

Legado
Como ele próprio disse, o verdadeiro trabalho de sua vida não se deu em Burgdorf ou em Yverdon. Estava em seus primeiros momentos como educador, com a sua observação, a preparação do homem integral, a prática junto aos órfãos de Stans.
Pestalozzi foi um dos pioneiros da pedagogia moderna, influenciando profundamente todas as correntes educacionais, e longe está de deixar de ser uma referência. Fundou escolas, cativava a todos para a causa de uma educação capaz de atingir o povo, num tempo em que o ensino era privilégio exclusivo.




Alunos: Amanda e Fábio Fonseca
"A vida educa. Mas a vida que educa não é uma questão de palavras, e sim de ação. É atividade."
Johann Heinrich Pestalozzi

Bocha adaptada.

A Educação Física tem muito a oferecer às pessoas portadoras de diversos tipos de deficiência, nas mais variadas formas de atividade. Seguramente, é capaz de promover maior integração social do deficiente, provocando seu interesse pelo Esporte e pela própria graduação profissional.
A sociedade precisa entender que o objetivo do desporto adaptado para o portador de deficiência é melhorar a qualidade de vida do indivíduo, facilitando suas atividades cotidianas. Como fazer isso cada vez melhor é um desafio posto aos atuais e futuros Profissionais da Educação Física.
A atividade física, em níveis variados, tem ajudado portadores de deficiência a adquirir não só maior mobilidade: resgatam também sua auto-estima, seu equilíbrio emocional. Mesmo deficientes físicos com mobilidade reduzidíssima podem praticar esportes, sob a tutela de Profissionais qualificados e habilitados.
Você diria que uma pessoa que apenas mexe a cabeça pode competir? Pois pode! Há campeões de bocha que indicam a direção da bola com o olhar, e soltam-na com um movimento do pescoço! A limitação existe, mas parte dela é muito mais psicológica do que motora. Ter o deficiente como inútil não passa de um preconceito. A determinação que o desporto exige e devolve ao deficiente significa a aquisição de uma gana de viver e se superar sem igual.

Alunos: Marcos Vinícius, Léo Roberto, Oldair José

Começam os Jogos Especiais de Curitiba, com 1.300 atletas.

As provas serão disputadas de 4 a 17 de novembro, a partir das 8:30h.
Foi aberto na manhã desta quarta-feira (4), 5ª edição dos Jogos Especiais de Curitiba, no ginásio da Universidade Positivo, no Campo Comprido. A competição envolve mais de 1.500 pessoas, entre elas 1.300 atletas inscritos por 29 instituições que atendem pessoas com deficiência, por meio de convênios com a FAS.

As provas serão disputadas de 4 a 17 de novembro, a partir das 8h30, nos ginásios de esportes da Universidade Positivo, do Sesc Água Verde e da praça Plínio Tourinho. Os atletas vão disputar 12 modalidades: atletismo, futsal, goalball, natação, vôlei, xadrez, boccia, golfe, bocha de areia, beisebol e tênis de mesa.

A menina Raíssa Aparecida Gomes Paulino, de 11 anos, da Escola Municipal de Educação Especial Tomaz Edison de Andrade Vieira, parabenizou o prefeito e a presidente da FAS. "Parabéns. Está muito bonito", disse Raíssa, que sofre de paralisia e hidrocefalia, em razão de um tumor cerebral. O estudante Rafael Kamarowski, da Escola de Educação Especial Alternativa, estava muito contente e aproveitou a solenidade para fazer uma foto em companhia do prefeito Beto Richa. "Estou muito feliz", disse Rafael, que vai jogar golfe nos jogos especiais.

Entre as propostas dos jogos especiais estão o incentivo a futuros profissionais no desenvolvimento de trabalhos na área, por meio de idéias inovadoras para a construção de uma sociedade mais inclusiva, participativa e integrada junto às pessoas com deficiência e a oportunidade de identificação de novos talentos esportivos com potencial para futura representatividade no seguimento, entre outros.

"O esporte é a energia e a integração social das pessoas e esse evento é a prova disso. Com boa vontade e as boas parcerias, viabilizamos um grande evento", afirmou o secretário municipal do Esporte e Lazer, Rudimar Fedrigo. Os jogos de 2009 têm apoio da Federação Paranaense de Golfe, Sesc Água Verde, Bosch e Entidades Sociais de Atendimentos à Pessoa com Deficiência.
Nas edições dos jogos em 2005, 2006, 2007 e 2008 participaram, em média, 900 atletas por ano, de 25 instituições de atendimento à pessoa com deficiência, nas áreas de deficiência auditiva, intelectual, física, visual.

Fonte: Jornale Curitiba.
www. jornale.com.br

Educação Física Escolar: basquete para cadeirantes.

A fundação da Federação Paulista de Basquete Sobre Rodas, aconteceu devido a necessidade da existência de um órgão Estadual oficial para filiar e orientar as equipes paulistas desta prática esportiva.
São Paulo, berço no Brasil da modalidade de basquetebol em cadeira de rodas, sempre teve várias equipes que se organizavam para realização de campeonatos estaduais e interestaduais.
Estes argumentos foram fortalecidos quando, para fundação da C.B.B.C - Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas, havia necessidade da existência de três federações estaduais para sua fundação.
Assim em 12 de Abril de 1997, na cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo, foi fundada a F.P.B.S.R. - Federação Paulista de Basquete Sobre Rodas.
No último dia 3 o Colégio Estadual Prof. Murilo Braga recebeu a equipe de basquetebol para cadeirantes da Andef. Todos os jogadores fazem parte da equipe brasileira do para desporto. Esta atividade cumpriu um planejamento escolar iniciado no segundo bimestre em que o conteúdo foram os jogos adaptados.
Os jovens alunos interagiram com os atletas e descobriram que os cinco membros da equipe têm algum tipo de deficiência física, mas para que todos possam jogar eles foram divididos por níveis do grau de comprometimento da lesão. Cada nível tem uma pontuação e o total em quadra deve somar 14 pontos.
Os alunos são praticantes de basquetebol, mas quando jogaram sentados na cadeira de rodas e se igualaram aos atletas, eles puderam perceber o quanto é diferente jogar nestas condições.

domingo, 18 de outubro de 2009

Salto olímpico na publicidade! E o paraolimpico??

O jornal O Globo publicou no último dia 17 uma enorme reportagem sobre os investimentos em publicidade para a realização dos Jogos Olímpicos.
Obviamente o mega evento esportivo trará muito desenvolvimento local para o país, sobretudo para a cidade do Rio de Janeiro, entretanto não podemos correr o risco de deixar passar a oportunidade de investimentos em diversas áreas estratégicas para elevar o Índice de Desenvolvimentos Humano.
As cifras divulgadas para a publicidade pelo jornal mostram que as empresas estão muito motivadas porque sabem que o retorno é assegurado pelo garantido sucesso do evento. Algumas campanhas entram em cena na próxima semana e o investimento, para 2010, chega a R$ 25 bilhões. Empresas como Eletrobrás, HSBC, Oi, Bradesco são alguns exemplos.
Não há nenhum problema nestes investimentos! Seria importante publicar uma matéria sobre o legado que será deixado pelos eventos de 2014 e 2016. Um outro ponto que torna-se importante, atualmente, é o investimento destas empresas nas imagens dos PARATLETAS, também, pois eles também são atletas de alto nível que representam o país em competições internacionais. O Brasil conta com 14,5 milhões de pessoas que se declararam com algum tipo de deficiência, segundo o IBGE-2000. Este número de pessoas é maior, digo, quase o dobro de toda a população da cidade que será a sede dos Jogos Olímpicos.
O mesmo jornal publicou o lançamento do livro “Manual do pequeno atleta” que conta a história de 18 atletas medalhistas. O ginasta Diego Hipólito tinha 15 graus de hipermetropia e astigmatismo, ele enxergava dois aparelhos no momento dos treinamentos e, hoje, é um consagrado atleta.
É impossível negar a participação das pessoas com deficiência na sociedade e, parece, que as empresas estão perdendo a chance de explorar um filão. No Panamericano, do Rio de Janeiro -2007, muitas empresas patrocinaram as diversas modalidades esportivas, mas no atletismo, apenas a Caixa Econômica Federal expôs a sua marca.
Um outro quesito que deveria ser tratado com mais cuidado é o equipamento público. O jornal mostra que serão construídas 200 quadras esportivas nas escolas da cidade, pois há unidades, onde os alunos jogam futebol nos corredores. Das 1781 escolas quase a metade não têm quadra esportiva.
A situação das ESCOLAS ESPECIAIS é mais complicada. Para uma população do estado com 2.131.762 pessoas com deficiência, o município conta com apenas 10 escolas especiais e as demais apresentam apenas algumas estratégias para acessibilidade. Estas informações estão foram extraídas do IBGE, MEC e SME.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A diferença pede licença.

A sociedade é um imenso mercado, onde muito cedo as pessoas são etiquetadas e colocadas em algum lugar, sem escolha possível. O bonito, o feio, o desajeitado, o inteligente, o atrasado, o grande, o pequeno, o normal, o anormal... E julga-se, sem piedade, os fracos, os fortes, os vencedores, os perdedores, os sãos, os doentes. Chama-se de diferente aquele que não está na mesma linha de normalidade que a maioria do ser humano. Mas, o que é ser diferente senão o fato de não ser igual? Não somos assim, todos diferentes? Por que etiquetas, se todos trazemos em nós riquezas inúmeras, mesmo se muitas vezes imperceptíveis aos olhos humanos?
A diferença pede licença sim!!! Dá-me oportunidade! Deixa-me mostrar quem sou, ao meu tempo. Deixa-me desenvolver minhas capacidades e farei florir meu deserto. Peço é oportunidade para mostrar do que sou capaz. Peço aceitação para estar no meu lugar, não o escolhido para mim, mas aquele onde sou capaz de chegar. Se não plantamos sementes.jamais colheremos frutos! Deixar que cada qual desenvolva a seu tempo e seu ritmo o seu potencial é dar abertura ao mundo. Quem é normal e quem é anormal se o sangue corre da mesma forma para todos, se o coração bate da mesma forma, se as lágrimas têm a mesma cor e se o sorriso fala com as mesmas palavras? A diferença pede aceitação, pede respeito, pede tolerância e pede, sobretudo, muito amor. Anormal não é quem foge dos padrões sociais; anormal é quem não compreende e não aceita que somos todos seres imperfeitos, mas, nem por isso, diminuídos aos olhos de Deus; anormal é quem se acredita grande e pensa que o mundo todo é pequeno; é quem não percebeu o verdadeiro significado da palavra amar.

Quando Jesus morreu de braço abertos foi para abraçar toda a humanidade; quando perdoou o ladrão, lavou pés, sarou cegos e leprosos, foi para nos dar a lição da humildade, para nos mostrar que grande mesmo é aquela pessoa capaz de abrir todas as portas do seu coração e de olhos fechados receber com amor todo aquele que a vida coloca no nosso caminho, independente da sua classe social, raça, religião, condição física ou mental.

Texto de Letícia Thompson fornecido pela professora Edna Luz