sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Circuito Loterias Caixa Brasil Paraolímpico

São Paulo recebe a partir desta sexta-feira, 27, a segunda etapa nacional do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação. Serão mais de 700 atletas, de sete países, competindo pelo lugar mais alto do pódio e as melhores marcas nas três modalidades.
Destaque para os atletas que representaram o Brasil no Mundial de Natação, em Eindhoven, na Holanda, semana passada. A seleção nacional conquistou 26 medalhas, sendo 14 de ouro, e garantiu assim o quinto lugar na competição.
“Os atletas já cumpriram o seu papel no Mundial, tudo que vier é lucro. O Circuito será um bom teste para aqueles que continuaram treinando para melhorar suas marcas e tentar um futuro nas próximas convocações”, explica Gustavo Abrantes, coordenador da natação do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).
O cansaço dos sete dias de competição pesa para os atletas, mas eles garantem que quem for assisti-los verá provas de qualidade.
“Eu venho cansado, mas vai ser bacana nadar, ainda mais que vai no ser Corinthians”, brinca Daniel Dias, dono de oito ouros no Mundial.
“Depois de seis meses de preparação para o Mundial, independentemente do cansaço estaremos preparados”, assegura Andre Brasil, que conquistou cinco ouros na Holanda.
“Quem sabe depois dos feitos que alcançamos lá, possamos conseguir fazer algo próximo aqui”, desafia.

Oportunidade de melhorar marcas

Os atletas do halterofilismo tiveram mais tempo para se recuperar do Mundial da categoria, que foi no fim de julho, em Kuala Lumpur, na Malásia. O destaque lá ficou com Josilene Alves, a Josi, que conseguiu um quarto lugar, melhor colocação de um brasileiro na competição, igualando o feito de Alexsander Whitaker em 2006.
“Nesta etapa os atletas devem tentar superar as marcas que alcançaram no Mundial”, espera Antonio Augusto Junior, coordenador de halterofilismo do CPB.
“Além disso, aqueles que não estiveram lá tentarão melhorar seus índices para brigar por um lugar na seleção.”

Última chamada para o Mundial

Se na natação e no halterofilismo os atletas voltaram há pouco tempo do Mundial, no atletismo, a etapa de São Paulo do Circuito é a última oportunidade para assegurar o índice mínimo para a principal competição da temporada. Isso porque a data limite para se classificar para a competição que será em janeiro, em Christchurch, na Nova Zelândia, é dia 31 de agosto.
“A etapa do Circuito foi planejada com referencial nas datas do IPC, exatamente para proporcionar esta última oportunidade”, explica Ciro Winkler, coordenador de atletismo do CPB.
Desafio internacional

Os atletas brasileiros terão uma motivação a mais para fazer o seu melhor neste fim de semana: enfrentarão na pista, na piscina e nos halteres atletas da Argentina, Colômbia, Estados Unidos, México, Namíbia e Venezuela.

Classificação funcional para provas de atletismo: campo e pista.

Consiste em uma categorização recebida pelos atletas em função da capacidade de realizar movimentos, evidenciando as potencialidades dos resíduos musculares, de seqüelas de algum tipo de deficiência, bem como os músculos que não foram lesados. Essa avaliação é feita através de teste de força muscular, teste de coordenação (realizado geralmente para atletas com paralisia cerebral e desordens neuromotoras) e teste funcional (demonstração técnica do esporte realizado pelo atleta). Os classificadores analisam o desempenho do atleta considerando os resultados obtidos nos testes.

Para provas de campo (arremesso, lançamentos e saltos)F – Field (campo)
- F11 a F13 – deficientes visuais
- F20 – deficientes mentais
- F31 a F38 – paralisados cerebrais (31 a 34 -cadeirantes e 35 a 38 - ambulantes)
- F40 - anões
- F41 a F46 – amputados e Les autres
- F51 a F58 – Competem em cadeiras (seqüelas de Polimielite, lesões medulares e amputações)

Para provas de pista (corridas de velocidade e fundo)T – track (pista)
- T11 a T13 – deficientes visuais
- T20 – deficientes mentais
- T31 a T38 – paralisados cerebrais (31 a 34 -cadeirantes e 35 a 38 - ambulantes)
- T41 a T46 – amputados e les autres
- T51 a T54 – Competem em cadeiras (seqüelas de Polimielite, lesões medulares e amputações)



OBS: A classificação é a mesma para ambos os sexos. Entretanto, os pesos dos implementos utilizados no arremesso de peso e nos lançamentos de dardo e disco variam de acordo com a classe de cada atleta.

A entidade potiguar foi campeã por equipes na 2ª etapa em Porto Alegre (RS) com 14 participantes na natação, 11 no halterofilismo e três no atletismo.

Entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro últimos, a Sociedade Amigos do Deficiente Físico (Petrobras/SELL/Prefeitura do Natal/Caern/CDF/ERK/Sesi/Uniodonto/UNP) conquistou 43 medalhas na 2ª etapa nacional do Circuito Loterias Caixa Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação, em Porto Alegre. Competindo com 54 outros clubes, num total de 600 atletas, a Sadef se sagrou mais uma vez campeã nacional de natação e halterofilismo, garantindo a hegemonia da associação.
É um momento impar e de muita alegria, as lágrimas da diretoria são o resultado de muito trabalho e muita dedicação. O resultado apresentado em todas as modalidades executado pela Sadef nos deixa muito felizes, pois é por isso que mantemos a hegemonia do esporte paraolímpico no Brasil", disse o presidente da associação, Eduardo Gomes.
Além das 11 medalhas conquistadas no halterofilismo, a Sadef teve outra vitória na categoria através da convocação de João Euzébio e Terezinha Multado, que participarão dos Jogos Mundiais, em Bangalori/Índia, entre os dias 22/11 e 2/12. A natação trouxe outras 30 medalhas, enquanto o atletismo garantiu duas.
A delegação de 30 atletas, 14 da natação, 11 do halterofilismo e três do atletismo, além dos técnicos Carlos Williams e Carlos Paixão, de halterofilismo e natação, respectivamente, só conseguiu participar da competição graças ao apoio governamental e privado, que permitiu à Sadef enviar seus atletas para a competição.

Secretaria de Esporte realiza debate sobre Paradesporto

Obs.: Esta reportagem foi publicada em 8 de setembro de 2009.

As limitações e dificuldades enfrentadas pelos atletas paraolímpicos no Brasil serão tema de palestra, promovida pela Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza (Secel), em parceria com a Caixa Econômica Federal e a Universidade Federal do Ceará. O debate irá contar com a participação de quatro atletas paraolímpicos

André Luiz Garcia Andrade será um dos debatedoresNesta quarta-feira (09 de setembro), a partir de 14h, no auditório Walter Cantídio Pamplona, no Campus do Pici, quatro atletas paraolímpicos de renome nacional irão falar sobre suas histórias de vida e fomentar o debate sobre os desafios para o desenvolvimento do Paradesporto no Brasil.O tema da palestra será “Paraolímpicos: superando desafios, realizando sonhos”, e irá contar com as presenças do nadador Ivanildo Alves, medalhista de prata nos 100m, nos Jogos Paraolímpicos de Atenas (2004); e dos corredores Odair Ferreira, André Luiz Garcia e Antônio Delfino de Souza. Este último conquistou medalha de ouro nos 200 e 400m rasos, nas Paraolímpiadas de Atenas.Na opinião do titular da Secel, Evaldo Lima, a palestra tem o objetivo de ampliar o espaço de debate sobre o desporto em Fortaleza. “Esperamos que os exemplos de grandes atletas paraolímpicos sirvam como inspiração para que cada vez mais pessoas tenham acesso ao Paradesporto. Trata-se de um esforço conjunto que deve reunir não apenas os segmentos ligados às pessoas com deficiência, mas também as demais entidades da sociedade civil e os profissionais de Educação Física, que devem se qualificar para trabalhar o Paradesporto em uma perspectiva inclusiva”, defende o secretário.





Fonte: http://www.vermelho.org.br/ce/noticia.php?id_noticia=115229&id_secao=61

Atletismo-paradesporto

O atletismo é uma das modalidades de ponta do esporte praticado pelas pessoas portadoras de deficiência. É um dos que reúne mais participantes em suas diferentes provas.
As provas são agrupadas nos blocos tradicionais de corridas, saltos, lançamentos, pentatlon e maratona.
No programa das competições estão excluídas as provas de corrida com obstáculo, salto com vara, marcha atlética e lançamento de martelo, sendo acrescentada uma prova de club (massa de GRD), praticado pelos portadores de paralisia cerebral (PC).
Essas modalidades são praticadas por atletas cegos, amputados, paraplégicos, tetraplégicos, e paralisados cerebrais, mas, nem todos competem em todas as modalidades.
Nas provas de pista, os deficientes visuais totais B1, e os deficientes visuais B2, podem correr com guia ou com treinador que, claramente identificado, dirigi-se ao atleta com voz ou através de palmas. Neste caso solicita-se silencio aos expectadores afim de não prejudicar a orientação do atleta. Para os atletas com deficiência visual leve B3, os mesmos competem sobre as regras da IAF - International Athletic Federation, sem nenhuma alteração.

domingo, 22 de agosto de 2010

Entrevista: Educação Inclusiva

Para esclarecer as dúvidas sobre o processo de inclusão de alunos com necessidades especiais, o Conexão Professor entrevistou a professora e psicopedagoga Roseni Silvado Cardoso, coordenadora de Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. Ela é responsável pela implementação na escolas da rede da política de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva.
Conexão Professor (CP) - O que é necessário para incluir um aluno com deficiência na escola? Roseni Cardoso - Termos professores com formação profissional que atendam às necessidades educacionais especiais dos alunos com deficiência e escolas adaptadas nos aspectos arquitetônicos e pedagógicos, centrados nas necessidades de aprendizagem desses alunos.
CP - Quais são os cuidados e as orientações vitais para iniciar esse processo?
Roseni Cardoso - Em primeiro lugar, são necessários orientação e apoio à inclusão, por intermédio de um programa de sustentabilidade de alunos com deficiência, no qual são propostos objetivos e metas a serem alcançados a curto, médio e longo prazo. A participação dos diversos segmentos sociais envolvidos na educação, como professores, gestores, supervisores, coordenadores, orientadores, alunos e familiares é fundamental neste processo. Nesse programa devem estar presentes todos os aspectos referentes à inclusão escolar, como acessibilidade física, curricular e pedagógica por meio de material adaptado às diversas necessidades de aprendizagem dos alunos. Este material pode ser oferecido pelos professores das classes comuns e também por intermédio do Atendimento Educacional Especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais para a garantia do acesso, permanência e êxito dos alunos com deficiência nas salas comuns e em seu aprendizado escolar.
CP - Quais são as deficiências mais fáceis para serem contornadas? E as mais difíceis?
Roseni Cardoso - O que é mais fácil ou mais difícil de ser contornado não se refere às deficiências dos alunos, mas sim ao que falta às escolas para atender adequadamente às necessidades desses alunos. Assim, não é possível afirmar sem cometermos equívocos o que é mais fácil ou difícil de se realizar nesse momento. Mas, é possível dizer que as escolas públicas estão enfrentando desafios pedagógicos significativos quanto à inclusão de alunos com deficiência mental (em seus diversos níveis), que requerem adequações e adaptações curriculares à sua condição de aprendizagem e a valorização das dimensões humanas e sociais em detrimento das competências cognitivas.
CP - Como superar os possíveis preconceitos? Roseni Cardoso - A superação do preconceito manifestado contra alunos com deficiência será possível exclusivamente pela experiência entre alunos com e sem deficiência estudando juntos na mesma sala de aula. A inclusão permite que os alunos sem deficiência conheçam colegas que são diferentes deles e os alunos com deficiência descubram que ser diferente não significa ser desigual ou incapaz. Todos se beneficiam da inclusão. A inclusão, com todas as suas contradições, é fundamental no entendimento e superação do preconceito contra pessoas com deficiência.
CP - Como trabalhar com os alunos não-deficientes para que eles aceitem os deficientes?
Roseni Cardoso - Por intermédio da experiência espontânea, ou seja, o professor, ao tomar conhecimento que receberá alunos com deficiência em sua turma, conversará com seus alunos sem deficiência sobre diferenças humanas, físicas, cognitivas, sensoriais, entre outras. Pode exibir, com dinâmica de grupo, um filme, um desenho animado sobre deficiência, um documentário, ler um livro (dependendo da faixa etária de seus alunos). Na conversa informal após a exibição do recurso pedagógico escolhido, o professor identificará os principais estereótipos presentes na formação de seus alunos por suas falas, respostas. O professor sendo sensível à inclusão e esclarecido com conhecimentos elaborados em seu processo de formação (inicial e continuada) identificará esses estereótipos, contribuindo assim para que seus alunos percebam seus equívocos quanto aos colegas com deficiência e os recebam, como certa vez ouvi de crianças sem deficiência em processo de acolhimento de colegas com deficiência, "de braços abertos". Sobretudo, é isso que devemos trabalhar na aceitação dos alunos/pessoas com deficiência, ou seja, a possibilidade de todos 'abrirem os braços'.Para concluir, pensamos ser a escola um espaço privilegiado, um terreno fértil para introduzir e fortalecer a ideia da inclusão dos alunos com deficiência, de maneira a estender às famílias e aos outros grupos sociais, essa nova concepção e esse novo paradigma. Temos clareza de que são muitas as barreiras e os desafios que ainda precisamos enfrentar e superar, mas também temos a certeza de que a inclusão escolar/educacional é um processo positivamente irreversível.
Carolina Nunes

Esportes adaptados na escola

O Colégio Estadual Professor Murilo Braga, de São João de Meriti, não tem alunos incluídos atualmente, mas em seu histórico há um projeto de conscientização, liderado pelo professor de educação física Sérgio Henrique.Durante dois bimestres do ano passado, Sérgio deu suas aulas utilizando esportes adaptados: o basquete, o vôlei e o tênis de mesa foram praticados pelos alunos com cadeiras de rodas, e no atletismo e no futebol eles ficavam com os olhos vendados. “Resolvi trazer para a escola algo diferente. No começo houve certa rejeição, mas depois de levar alguns filmes para eles assistirem e de conversar um pouco sobre o assunto, todos participaram, foi emocionante. Queria sensibilizá-los e tornar a escola um pouco mais inclusiva. A turma chegou à conclusão de que você só pensa na deficiência se você efetivamente passa por isso ou se tem alguém próximo de você com esse problema.

Quando você dá responsabilidade aos alunos, o limite surge naturalmente”, afirma Sérgio.Segundo a diretora Maria Angélica Novaes, o projeto rendeu frutos. “Ao percebermos as limitações do outro, somos muito mais solidários. A escola cresceu com esta iniciativa, mas sem dúvida ainda temos que avançar muito nesse quesito. Foi apenas o começo”.



Carolina Nunes

Inclusão que dá certo

Em 2002, no ano de sua fundação, o Colégio Estadual Stella Matutina recebeu pela primeira vez um aluno com necessidades educacionais. À época, a escola não tinha intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) que pudesse auxiliar o aluno com deficiência auditiva. A ajuda veio por um outro aluno, que conhecia a língua. Mas, infelizmente, não houve tempo hábil para repor o conteúdo perdido. Era chegado o fim do ano.O que fazer para que esse aluno pudesse participar das aulas e aprender como os outros? E se surgissem outras crianças com as mesmas dificuldades deste estudante? “Percebemos a necessidade de buscar intérpretes de Libras porque precisávamos dar um atendimento especializado. Entre receber um aluno e realmente incluí-lo na escola, há uma grande diferença”, afirma Rosa.A diretora então elaborou um projeto e já no primeiro ano de educação inclusiva havia dois intérpretes e dez alunos com deficiência auditiva na escola. E com o tempo veio também a capacitação dos professores, que sentiam a necessidade de se comunicar diretamente com os estudantes. “Foi interesse dos próprios docentes. Hoje em dia, eles dominam a Libras e também atentam para algumas questões que antes nem pensavam como, por exemplo, o fato de não virar de costas para os alunos e pronunciar bem as palavras. Essa sensibilidade que não tínhamos passamos a ter”, explica Rosa, lembrando que o trabalho não é fácil mas, com certeza, gratificante. “É uma responsabilidade muito grande e algo indispensável na minha vida. Se olharmos com atenção para o universo de pessoas com alguma necessidade especial, perceberemos a quantidade de pessoas boas que existem”.A professora de matemática do colégio, Maria Lucinda Santos Chaves, foi uma das primeiras a aprender a linguagem de sinais e hoje em dia, com 30 estudantes surdos, não vê mais diferença entre os alunos. “Não há segregação entre ouvintes e surdos, eles são amigos. Trabalhar com eles fez com que eu rompesse barreiras, quebrasse paradigmas. Sem dúvida, ampliei meus horizontes”, comenta Lucinda.Aos sábados, a escola ainda oferece uma oficina gratuita de Libras para a comunidade. Uma percepção comum às instituições que trabalham com pessoas com necessidades educacionais especiais é a de que elas são alegres, participativas e também muito capazes. No Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht, de Taquara, em Jacarepaguá, a realidade não é diferente. De acordo com a diretora Neide Aparecida de Sousa, que há 12 anos recebe alunos com necessidades especiais, dois estudantes com paralisia cerebral são os que mais se destacam nas aulas.“É gratificante demais, sinto um prazer enorme ao ver um sorriso no rosto desses meninos. Nós sabemos que eles são felizes aqui, pois fazemos um trabalho de excelência, com muito carinho”, diz, com a convicção de que ama o que faz. “Se eu tivesse que sair daqui para ir para outra escola, seria para transformar esse lugar em referência de inclusão. As pessoas vêm naturalmente pra cá porque sabem que nós fazemos um trabalho diferenciado. Sempre estivemos de portas abertas para os alunos com necessidades educacionais especiais”, destaca Neide.Hoje em dia, o C.E. Brigadeiro Schorcht conta com 28 alunos incluídos. De acordo com a diretora, as capacitações de professores são realizadas constantemente. “Temos que ensinar o professor que chega a trabalhar com esses jovens”, diz Neide.


Fonte:http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=5045

Carolina Nunes

sábado, 14 de agosto de 2010

Bolsa-Atleta aumenta prioridade para modalidades Olímpicas e Paraolímpicas

A partir deste ano, o grau de prioridade para concessão de bolsa das modalidades olímpicas e paraolímpicas em todas as categorias do Bolsa-Atleta aumentará, com no mínimo 85% do investimento geral do programa, como determina o artigo 1º da Lei 10.891/2004. Essa é uma das alterações nos critérios de seleção do programa do Ministério do Esporte, que foi publicada nesta quinta-feira (5) no Diário Oficial da União (DOU), que visa preparar a geração de atletas que irá competir nos Jogos Olímpicos Rio de Janeiro 2016. O coordenador substituto do programa, Alan Ferreira, explica que entre as modificações de critérios está a referente à categoria Olímpica e Paraolímpica. “Agora, no primeiro ano após os jogos Olímpicos, o atleta receberá a bolsa normalmente. Para permanecer recebendo pelos três anos que faltam para completar o ciclo olímpico, o atleta deverá participar do circuito mundial da sua modalidade, nos três anos que faltam.” Anteriormente os atletas contemplados pela categoria garantiam os benefícios referentes ao ciclo olímpico, quatro anos, com apenas o pré-requisito de ter participado dos últimos jogos Olímpicos ou Paraolímpicos. Outra alteração no programa é referente às modalidades Pan-Americanas e não-Olímpicas – como futsal, patinação e esqui aquático – que terão prioridades sobre as modalidades não Olímpicas e não-Pan-Americanas, como jiu jitsu, skate e luta de braço. O período de inscrição em 2010 para o programa está aberto e mais de cinco mil atletas já se cadastraram no site do Ministério do Esporte. Os atletas interessado deverão realizar as inscrições até o dia 16 de agosto.
Por Breno Barros Ascom – Ministério do Esporte

Ministério do Esporte abre inscrições para o programa Bolsa-Atleta

O Ministério do Esporte abre as inscrições para o programa Bolsa-Atleta nessa quinta-feira, primeiro de julho. O benefício atende esportistas nas categorias estudantil, nacional, internacional e olímpica e paraolímpica, e o objetivo é custear treinamentos e a participação em campeonatos nacionais e internacionais. As inscrições vão até o dia 14 de agosto.Para os atletas que desejam se inscrever na categoria estudantil é necessário ter idade mínima de 12 anos completos; estar matriculado em instituição de ensino (público ou privada); e ter alcançado primeiro, segundo ou terceiro lugar nas olimpíadas escolares ou universitárias em esportes individuais, ou estar entre os 24 melhores atletas selecionados nos esportes coletivos em 2008.Inscrições na categoria nacional exigem idade mínima de 14 anos completos; vínculo com entidade de prática desportiva (clube); filiação à entidade de administração da modalidade, tanto estadual (federação) como nacional (confederação); participação em competição em 2008 com resultado mínimo de terceiro lugar em campeonatos mundiais, jogos ou campeonatos pan-americanos e/ou parapan-americanos, ou jogos ou campeonatos sul-americanos. Os interessados na categoria olímpica e paraolímpica precisam preencher os seguintes pré-requisitos: idade mínima de 14 anos completos; vínculo com entidade de prática esportiva (clube); filiação à entidade de administração da modalidade em nível estadual (federação) e nacional (confederação) e ter integrado a delegação brasileira na última edição dos Jogos Olímpicos ou Paraolímpicos na qualidade de atleta.
As inscrições estão disponíveis no site www.esporte.gov.br

Atleta paraolímpico brasileiro é destaque em campeonato na Flórida

O atleta brasileiro Alan Fonteles, de apenas 17 anos, conquistou três medalhas de ouro para o país no Campeonato Paraolímpico Nacional, nos Estados Unidos, ocorrido de 18 a 20 de junho, na cidade de Miami, na Flórida. Fonteles subiu ao lugar mais alto do pódio pelas provas de 100 e 200 metros e revezamento 4x100m. O paraatleta fez a marca de 23seg57 para chegar à final dos 200 metros e conquistou a medalha de ouro com o tempo de 23seg16, sua melhor marca na carreira.Além de Fonteles, outros paraatletas também competiram em Miami. Na categoria T54 (competidores em cadeiras), Thiago Barbosa de Sousa foi à final visando o ouro, mas terminou em quinto lugar. Antonio Delfino, Yohansson do Nascimento Ferreira e Emicarlo Elias de Souza representaram igualmente a seleção paraolímpica brasileira na competição.Alan Fonteles conseguiu, por meio do bom desempenho no campeonato, a classificação para o Mundial de Atletismo, a ser realizado na Nova Zelândia em 2011. Em âmbito nacional, o foco do medalhista agora é o Campeonato Brasileiro Paraolímpico de Atletismo, que acontece em São Paulo no mês de agosto.


Paraatletas brasileiros conquistam nove medalhas em Moçambique

Foram nove pódios em dois dias de prova. É com esses resultados que os atletas da seleção paraolímpica brasileira Jhulia Karol dos Santos, Yeltsin Ortega Jacques e Viviane Ferreira Soares voltam ao país. Seis medalhas são de ouro, duas de prata e uma de bronze. Jhulia Karol dos Santos, atleta da classe T11, conquistou dois ouros e um bronze, nos 100, 200 e 400 metros rasos, respectivamente com as marcas de 13seg08, 29seg87 e 1min10. Yeltsin Jacques, atleta da classe T12, conquistou a prata nos 100 e nos 200 metros, chegando em 12seg08 e 26seg31, respectivamente. O ouro veio nos 400 metros, com a marca de 54seg06. Viviane Soares, da classe T13, conquistou o ouro nas três provas que disputou: 100, 200 e 400 metros rasos. Seus tempos foram de 13seg02, 27seg74 e 1min05, respectivamente. Esta foi a sétima edição dos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que pelo segundo ano aconteceu na cidade de Maputo, em Moçambique. Reuniram-se no país africano cerca de 600 atletas de oito países: Moçambique, Angola, Portugal, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Brasil pronto para Mundial

O futebol brasileiro ainda pode ser campeão mundial em 2010. Eliminado na Copa do Mundo da África do Sul nas quartas de final, o Brasil será representado pelos jogadores do Futebol de 5 para cegos no Mundial da modalidade, que vai ocorrer entre os dias 14 a 22 de agosto, em Hereford, na Inglaterra.
Depois de uma semana de treinos em Niterói, Rio de Janeiro, os jogadores e a comissão técnica embarcaram neste domingo para a Inglaterra. Na tarde desta segunda, os jogadores já realizaram treino físico em Manchester, local de aclimatação da delegação. O objetivo do grupo é estar totalmente habituado com o clima, temperatura e horário do local.
"O primeiro jogo é sempre nervoso, pois as equipes ainda estão se ajustando na competição. Trabalhamos para estarmos prontos na estreia”, avaliou o técnico da seleção, Ramon Pereira.
Considerado uma das equipes mais fortes do torneio, o Brasil enfrentará adversários de tradição na busca do tricampeonato. A seleção canarinho fará parte do grupo B da competição, ao lado da Argentina, China, França e Grécia. Apenas os dois primeiros colocados se garantem nas semifinais.
O Brasil enfrenta a China, atual vice-campeã paraolímpica, logo na estréia. Para tentar dificultar o jogo ofensivo dos chineses, a seleção pretende começar a competição em ponto de bala.
O treinador brasileiro acredita que o bom preparo físico da seleção fará a diferença para o jogo contra os asiáticos: “Estamos confiantes. O grupo está unido, com um ótimo preparo físico e técnico, sem lesões, dando esperança a todos de ótimos confrontos. Para a estreia, espero que a fase de adaptação atrapalhe o jogo ofensivo dos chineses", avalia o técnico da seleção, Ramon Pereira.
A equipe que disputará o Mundial foi selecionada após o Desafio Internacional de Futebol de 5 para cegos, realizado em maio, no Rio de Janeiro. Enfrentando Argentina e Espanha, o Brasil sagrou-se campeão, mostrando que o favoritismo para o torneio na Inglaterra não é infundado.
Com um grupo habilidoso, a delegação técnica classifica a seleção como uma das mais técnicas dos últimos tempos. Destaque para Ricardinho, eleito o melhor do mundo, e para o jovem jogador Jeferson Gonçalves. Baiano de 20 anos, Jefinho é uma das apostas do escrete. Referências do futebol de 5 como Sandro Laina, Bill, Damião, Scharles, João, Marcos, Fábio e Tafarel completamo time brasileiro.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Tecnologia Assistiva (TA)

É uma área de conhecimento que abrange recursos e serviços com o objetivo de proporcionar maior qualidade de vida aos indivíduos com perdas funcionais advindas de deficiência ou como resultado do processo de envelhecimento.

A Tecnologia Assistiva envolve áreas como:
1 • A mobilidade alternativa, que compreende o uso de cadeira de rodas manuais ou motorizadas, andadores e pranchas de deslocamento;
2 • A adequação postural, com o posicionamento adequado na carteira da escola, em estabilizadores, pranchas para ficar de barriga para baixo ou em posicionamento lateral;
3 • O acesso ao computador e suas adaptações, que incluem teclados alternativos, softwares especiais, mouses alternativos e apontadores de cabeça;
4 • As adaptações para realização das atividades de vida diária, como adaptações para higiene e alimentação;
5 • As adaptações para o trabalho como laboratório de ciências, sala de informática ou de artes;
6 • A acessibilidade e adaptação de ambientes, incluindo rampas, banheiros adaptados e cozinhas adaptadas;
7 • O transporte adaptado, que envolve veículos adaptados e cadeiras especiais;
8 • A adaptação de atividades escolares, incluindo nesse item uma gama de recursos como engrossadores de lápis, letras emborrachadas, plano inclinado e antiderrapante e caderno com pauta larga;
9 • As adaptações de equipamentos para lazer e recreação, como bicicletas adaptadas, brinquedos com acionador;
10 • A Comunicação Alternativa e Ampliada

Fonte: Miryam Pelosi
Revista Sinpro-Rio • Maio 2010 • www.sinpro-rio.org.br.

A função visual

Desde o nascimento, o homem interage com o ambiente e modifica-o. Essa interação inicia-se com a recepção das informações através do sistema sensorial: visão, audição, tato, gustação e olfato. Toda deficiência sensorial representa uma redução nas informações que a criança recolhe do meio que a cerca.
Dos cinco sentidos, a visão é responsável pelas primeiras interações comunicativas entre a mãe e o bebê. A via visual proporciona a maioria das informações que recebemos e o faz em menor tempo que qualquer outra via sensorial. Os dados fornecidos pelo sistema visual se organizam de modo contínuo, rápido e automático. Além da percepção visual dos objetos, é responsabilidade do sistema visual a percepção de profundidade e distância.
A visão está intimamente relacionada com todos os aspectos do desenvolvimento do bebê: cognitivo, afetivo, motor e desenvolvimento da linguagem. Por essa razão, a intervenção precoce junto ao bebê cego ou com baixa visão e a orientação familiar serão de suma importância para minimizar o impacto no seu desenvolvimento global.
Do mesmo modo, um professor bem orientado será capaz de proporcionar ao seu aluno o acesso às informações de que este necessita para construir seu conhecimento, independência e relações interpessoais.

Fonte:
Ana Helena Schreiber
Revista Sinpro-Rio • Maio 2010 • www.sinpro-rio.org.br.

Acuidade Visual

Aspectos que determinam a função visual

a) Acuidade visual
A acuidade visual representa a capacidade do olho para discriminar a figura e a forma dos objetos. O limite da acuidade visual no homem foi determinado por Helmholtz (1821-1894), que demonstrou que o olho humano era capaz de distinguir duas estrelas no céu noturno se estivessem separadas por um ângulo de 1 minuto de grau. Em 1862, Snellen padronizou um teste para medir a acuidade visual das pessoas. Usando uma distância de 20 pés (6 metros), o teste era formado pela letra "E" distribuída em diferentes linhas de tamanhos variados. Padronizou como 20/20 a acuidade visual normal. Uma pessoa com acuidade visual 20/200, por exemplo, precisa se aproximar a 20 pés para poder enxergar a letra "E", que uma pessoa com acuidade visual normal enxerga a 200 pés.
Atualmente, existem testes de acuidade visual específicos para crianças não alfabetizadas. Neste caso, as letras são substituídas por figuras simples, como casa, círculo, etc. Conhecer a acuidade visual da criança é importante para determinar o tamanho da letra que ela é capaz de enxergar a uma determinada distância, além da capacidade de discriminar detalhes de figuras.

Fonte:
Ana Helena Schreiber
Revista Sinpro-Rio • Maio 2010 • www.sinpro-rio.org.br.

Campo Visual

Aspectos que determinam a função visual

b) Campo visual
Além da acuidade visual, outros fatores influenciam na função visual: o campo visual, a adaptação à iluminação e a sensibilidade ao contraste. O campo visual representa o quanto o indivíduo é capaz de enxergar à sua volta, sem mexer os olhos ou a cabeça. O campo visual central apresenta a melhor acuidade visual. Assim, é usado para a discriminação de detalhes. Isto ocorre porque é na mácula, situada no centro da retina, que se concentram os cones (neurônios responsáveis pela visão de cores). O comprometimento do campo central é caracterizado pela presença de pontos cegos, chamados escotomas. Os escotomas levam a grande dificuldade de leitura, pois a pessoa não enxerga parte de palavras ou frases.
Na periferia da retina encontram-se, em menor número, os bastonetes, que são células mais adaptadas à visão noturna. Por esse motivo, a acuidade visual do campo periférico é menor. O campo visual periférico é muito importante para a percepção espacial e, quando comprometido, interfere na orientação e mobilidade da pessoa.
A pesquisa do campo visual em crianças é feita por meio de testes de confrontação e avaliação funcional, com a análise do comportamento durante as atividades e deslocamentos no espaço.
As alterações no campo visual chegam a ter repercussão mais relevante na capacidade funcional do indivíduo que a própria acuidade visual.

Fonte: Ana Helena Schreiber
Revista Sinpro-Rio • Maio 2010 • www.sinpro-rio.org.br.

Trabalho para pessoas com deficiência no Grupo Ipiranga


Ipiranga escolhe Deficiente Online para divulgar suas vagas
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A Ipiranga reafirma, por meio de uma série de ações, seu envolvimento com as questões sociais do país e com as principais comunidades onde atua. Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável, no qual a companhia acredita e investe."
Estamos honrados em tê-los como cliente e reiteramos nosso compromisso em oferecer as melhores ferramentas para seus processos de recrutamento e seleção de Profissionais com deficiência.
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