domingo, 18 de outubro de 2009

Salto olímpico na publicidade! E o paraolimpico??

O jornal O Globo publicou no último dia 17 uma enorme reportagem sobre os investimentos em publicidade para a realização dos Jogos Olímpicos.
Obviamente o mega evento esportivo trará muito desenvolvimento local para o país, sobretudo para a cidade do Rio de Janeiro, entretanto não podemos correr o risco de deixar passar a oportunidade de investimentos em diversas áreas estratégicas para elevar o Índice de Desenvolvimentos Humano.
As cifras divulgadas para a publicidade pelo jornal mostram que as empresas estão muito motivadas porque sabem que o retorno é assegurado pelo garantido sucesso do evento. Algumas campanhas entram em cena na próxima semana e o investimento, para 2010, chega a R$ 25 bilhões. Empresas como Eletrobrás, HSBC, Oi, Bradesco são alguns exemplos.
Não há nenhum problema nestes investimentos! Seria importante publicar uma matéria sobre o legado que será deixado pelos eventos de 2014 e 2016. Um outro ponto que torna-se importante, atualmente, é o investimento destas empresas nas imagens dos PARATLETAS, também, pois eles também são atletas de alto nível que representam o país em competições internacionais. O Brasil conta com 14,5 milhões de pessoas que se declararam com algum tipo de deficiência, segundo o IBGE-2000. Este número de pessoas é maior, digo, quase o dobro de toda a população da cidade que será a sede dos Jogos Olímpicos.
O mesmo jornal publicou o lançamento do livro “Manual do pequeno atleta” que conta a história de 18 atletas medalhistas. O ginasta Diego Hipólito tinha 15 graus de hipermetropia e astigmatismo, ele enxergava dois aparelhos no momento dos treinamentos e, hoje, é um consagrado atleta.
É impossível negar a participação das pessoas com deficiência na sociedade e, parece, que as empresas estão perdendo a chance de explorar um filão. No Panamericano, do Rio de Janeiro -2007, muitas empresas patrocinaram as diversas modalidades esportivas, mas no atletismo, apenas a Caixa Econômica Federal expôs a sua marca.
Um outro quesito que deveria ser tratado com mais cuidado é o equipamento público. O jornal mostra que serão construídas 200 quadras esportivas nas escolas da cidade, pois há unidades, onde os alunos jogam futebol nos corredores. Das 1781 escolas quase a metade não têm quadra esportiva.
A situação das ESCOLAS ESPECIAIS é mais complicada. Para uma população do estado com 2.131.762 pessoas com deficiência, o município conta com apenas 10 escolas especiais e as demais apresentam apenas algumas estratégias para acessibilidade. Estas informações estão foram extraídas do IBGE, MEC e SME.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A diferença pede licença.

A sociedade é um imenso mercado, onde muito cedo as pessoas são etiquetadas e colocadas em algum lugar, sem escolha possível. O bonito, o feio, o desajeitado, o inteligente, o atrasado, o grande, o pequeno, o normal, o anormal... E julga-se, sem piedade, os fracos, os fortes, os vencedores, os perdedores, os sãos, os doentes. Chama-se de diferente aquele que não está na mesma linha de normalidade que a maioria do ser humano. Mas, o que é ser diferente senão o fato de não ser igual? Não somos assim, todos diferentes? Por que etiquetas, se todos trazemos em nós riquezas inúmeras, mesmo se muitas vezes imperceptíveis aos olhos humanos?
A diferença pede licença sim!!! Dá-me oportunidade! Deixa-me mostrar quem sou, ao meu tempo. Deixa-me desenvolver minhas capacidades e farei florir meu deserto. Peço é oportunidade para mostrar do que sou capaz. Peço aceitação para estar no meu lugar, não o escolhido para mim, mas aquele onde sou capaz de chegar. Se não plantamos sementes.jamais colheremos frutos! Deixar que cada qual desenvolva a seu tempo e seu ritmo o seu potencial é dar abertura ao mundo. Quem é normal e quem é anormal se o sangue corre da mesma forma para todos, se o coração bate da mesma forma, se as lágrimas têm a mesma cor e se o sorriso fala com as mesmas palavras? A diferença pede aceitação, pede respeito, pede tolerância e pede, sobretudo, muito amor. Anormal não é quem foge dos padrões sociais; anormal é quem não compreende e não aceita que somos todos seres imperfeitos, mas, nem por isso, diminuídos aos olhos de Deus; anormal é quem se acredita grande e pensa que o mundo todo é pequeno; é quem não percebeu o verdadeiro significado da palavra amar.

Quando Jesus morreu de braço abertos foi para abraçar toda a humanidade; quando perdoou o ladrão, lavou pés, sarou cegos e leprosos, foi para nos dar a lição da humildade, para nos mostrar que grande mesmo é aquela pessoa capaz de abrir todas as portas do seu coração e de olhos fechados receber com amor todo aquele que a vida coloca no nosso caminho, independente da sua classe social, raça, religião, condição física ou mental.

Texto de Letícia Thompson fornecido pela professora Edna Luz










Campeonato Mundial Paraolímpico de Natação 25m Rio 2009

Campeonato Mundial Paraolímpico de Natação 25m Rio 2009
A primeira edição do Campeonato Mundial Paraolímpico de Natação 25m Rio 2009 começa em novembro no Rio de Janeiro.
Natação Paraolímpica
A natação está presente no programa oficial de competições desde a primeira Paraolimpíada em Roma (1960). Homens e mulheres sempre estiveram nas piscinas em busca de medalhas. O Brasil começou a brilhar em Stoke Mandeville (1984), quando conquistou um ouro, cinco pratas e um bronze. Nos Jogos Paraolímpicos de Seul (1988), os atletas trouxeram um ouro, uma prata e sete bronzes. Em Barcelona (1992), a natação ganhou três bronzes. Em Atlanta (1996), o resultado foi exatamente igual à de Seul. Os Jogos de Sydney foram marcados pelo excelente desempenho da natação, que trouxe um ouro, seis pratas e quatro bronzes para o Brasil. Em Atenas, o Brasil brilhou como nunca, foram sete medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze. No Parapan do Rio de Janeiro (2007) o Brasil ficou em segundo lugar geral da modalidade, perdendo para o Canadá, mas ficando a frente dos Estados Unidos. Foram 39 medalhas de ouro, 30 de prata e 29 de bronze.
Na natação competem atletas com todos os tipos de deficiência (física e visual) em provas como nos 50m aos 400m no estilo livre, dos 50m aos 100m nos estilos peito, costas e borboleta. O medley é disputado em provas de 150m e 200m. As provas são divididas na categoria masculino e feminino, seguindo as regras do IPC Swimming, órgão responsável pela natação no Comitê Paraolímpico Internacional. As adaptações, são feitas nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos recebem um aviso do “tapper”, por meio de um bastão com uma ponta de espuma, quando estão se aproximando das bordas. A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem sair do bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Classificação

O atleta é submetido à equipe de classificação, que procederá a análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular; mobilidade articular e testes motores (realizados dentro da água). Vale a regra de que quanto maior a deficiência, menor o número da classe. As classes sempre começam com a letra S (swimming) e o atleta pode ter classificações diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM).
S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 – nadadores com limitações físico-motoras.
S11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13 – nadadores com deficiência visual (a classificação neste caso é a mesma do judô e futebol de cinco).
S14, SB14, SM14 – nadadores com deficiência mental.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Visita ao Instituto Benjamin Constant

O Instituto Benjamin Constant foi criado pelo Imperador D.Pedro II através do Decreto Imperial n.º 1.428, de 12 de setembro de 1854, tendo sido inaugurado, solenemente, no dia 17 de setembro do mesmo ano, na presença do Imperador, da Imperatriz e de todo o Ministério, com o nome de Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Este foi o primeiro passo concreto no Brasil para garantir ao cego o direito à cidadania.


Estruturando-se de acordo com os objetivos a alcançar, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos foi pouco-a-pouco derrubando preconceitos e fez ver que a educação das pessoas cegas não era utopia, bem como a profissionalização.
Com o aumento da demanda foi idealizado e construído o prédio atual, que passou a ser utilizado a partir de 1890, após a 1ª etapa da construção. Em 1891, o instituto recebeu o nome que tem hoje: Instituto Benjamin Constant (IBC), em homenagem ao seu terceiro diretor.
Fechado em 1937 para a conclusão da 2ª e última etapa do prédio, o IBC reabriu em 1944. Em setembro de 1945 criou seu curso ginasial, que veio a ser equiparado ao do Colégio Pedro II em junho de 1946. Foi proporcionado, assim, o ingresso nas escolas secundárias e nas universidades.
Atualmente, o Instituto Benjamin Constant vê seus objetivos redirecionados e redimensionados. É um Centro de Referência, a nível nacional, para questões da deficiência visual. Possui uma escola, capacita profissionais da área da deficiência visual, assessora escolas e instituições, realiza consultas oftamológicas à população, reabilita, produz material especializado, impressos em Braille e publicações científicas.




No último dia 26 os alunos do Colégio Estadual Prof. Murilo Braga visitaram o IBC com a finalidade de dar continuidade ao conteúdo pedagógico da disciplina educação física “Esportes Adaptados”. Ao conhecer o instituto os jovens se surpreenderam com a qualidade do atendimento e a variedade de ações e dos resultados.
Uma das ações que mais chamaram atenção de todos, naturalmente foi o esporte. Destaque para o futebol e para o goalboll. Neste os jovens tiveram a oportunidade de jogar junto com os atletas da Seleção Brasileira, pois todos precisam usar vendas, o que deixou em condições de igualdade.


O professor Paulo Sergio nos recebeu com a maior elegância e nos mostrou o trabalho competente de inclusão através do esporte.
www.ibc.gov.br

Jogos para pessoas com deficiência na Vila Olímpica Clara Nunes

Aproximadamente 300 assistidos dos programas da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro participam, neste sábado (26), da Décima Edição dos Jogos da SMPD. As competições de sete modalidades esportivas, sendo cinco individuais e duas coletivas, são abertas ao público e acontecem na Vila Olímpica Clara Nunes, em Acari, das 9 às 14 horas.
As modalidades coletivas dos Jogos são futsal e cabo de guerra. As individuais, são: lançamento de pelotas, marcha atlética, corrida de 50 metros, salto em distância sem corrida e salto em distância com corrida.

"Blindtube"

O "BlindTube" é um site de entretenimento onde pessoas com deficiência podem assistir filmes que estão ou que estiveram em cartaz. Foi desenvolvido de acordo com Padrões Internacionais de acessibilidade. Através das diretrizes e a metodologia do W3C - World Wide Web Consortium, apresentadas no documento Diretrizes para Acessibilidade de Conteúdos Web – WCAG 1.0, organizado pelo Web Acessibility initiative - WAI, que é um departamento deste consórcio, procuramos proporcionar o máximo de acessibilidade aos nossos visitantes.

Para garantirmos a acessibilidade do "BlindTube" seu código é constantemente testado e homologado por:

Validadores automáticos:
Validador de códigos (X)HTML do W3C,
Validador de CSS do W3C,
Avaliador de contraste de cores para pessoas de baixa visão e daltônicos,
Avaliadores automáticos de acessibilidade. Como o Examinador.

Por pessoas com deficiência especialistas no assunto.
Testes de utilização em diversos navegadores (somente texto e gráficos) e em diversas resoluções de tela.

O "BlindTube" permite aos seus usuários uma excelente navegação via teclado e por mouse. Sua implantação em dispositivos móveis está sendo implementada.

O site é testado em diversos navegadores como: Internet Explorer (6.0, 7.0), Mozilla Firefox, Opera, Safari e Chrome (O novo navegador do Google que, mesmo sendo totalmente inacessível a qualquer leitor de tela, porém, pessoas de baixa visão podem ler bem através dele).

www.blindtube.com.br

domingo, 4 de outubro de 2009

Glaucoma

A deficiência não é uma doença. A deficiência é uma condição imposta a uma pessoa por uma doença.
O glaucoma é uma doença que causa a cegueira. A cegueira é a condição de não ver nada ou quase nada.
O glaucoma é causado por diferentes enfermidades que, na maioria dos casos, levam a um aumento da Pressão Intra Ocular. O aumento da pressão é causado por um bloqueio ao fluido no interior do olho. Com o tempo isto causa dano ao nervo óptico. Através da detecção precoce, diagnóstico e tratamento, você e seu oftalmologista podem ajudar a preservar sua visão".
Pense em seu olho como em uma pia, na qual a torneira e o ralo permanecem permanentemente abertos. O humor aquoso está constantemente circulando através da câmara anterior. É produzido por uma pequena "glândula", chamada corpo ciliar , situada atrás da íris. O aquoso flui entre a lente e a íris e, é após nutrir a córnea e a lente, flui para fora através de um tecido esponjoso e fino chamado malha trabecular , que serve como o ralo (escoamento ) do olho. A malha trabecular está situada no ângulo onde a íris encontra a córnea.
Quando o ralo da pia entope, o aquoso não consegue deixar o olho tão rapidamente quanto é produzido, causando um fluxo retrógrado. No entanto, como o olho é um compartimento fechado , a pia não transborda; ao contrário, o fluxo retrógrado causa aumento da pressão intraocular. Chamamos isto de glaucoma de ângulo aberto.
Para entender como o aumento da pressão afeta o olho pense em seu olho como se fosse um balão. Quando muito ar é soprado para dentro de um balão , a pressão aumenta , causando seu estouro. Mas o olho é resistente demais para estourar. Esta pressão aumentada passa a atuar sobre a parte mais fraca do olho, o ponto na esclera onde o nervo óptico deixa o olho.
Como mencionado anteriormente, o nervo óptico é a parte do olho que carrega a informação visual até o cérebro. É formado por mais de um milhão de células nervosas. Quando se eleva a pressão no olho , as células nervosas tornam-se comprimidas , o que as danifica , e eventualmente até causa sua morte. A morte destas células resulta em perda visual permanente. O diagnóstico e o tratamento precoces do glaucoma podem prevenir esta situação.

Tipos de Glaucoma

Existe uma variedade de tipos de glaucoma. As formas mais comuns são:• Glaucoma primário de ângulo aberto• Glaucoma de pressão normal• Glaucoma de ângulo fechado• Glaucoma agudo• Glaucoma pigmentar• Síndrome de esfoliação• Glaucoma pós-trauma

Dr. Leôncio de Souza Queiroz Neto

Acessibilidade no Santuário de N S de Aparecida



Os Missinários Redentoristas que trabalham no Santuário Nacional inauguraram, no domingo (17/12), as obras do Morro do Presépio. Entre outras autoridades, o arcebispo de Aparecida Dom Raymundo Damasceno Assis procedeu a bênção de inauguração, às 9h30, logo após a missa das 8h. Esse novo espaço de visitação, localizado entre o Centro de Apoio ao Romeiro e o heliporto, ao longo das escadas de acesso ao estacionamento superior, oferece várias atrações: gruta, cascatas, lago, mirante e mais de sessenta imagens. O Missionário Redentorista Pe. Ronoaldo Pelaquin, autor do projeto, informa que o novo espaço foi idealizado para oferecer aos devotos um ponto de visitação, com interação e entretenimento ao longo da escadaria entre o estacionamento superior e a Basílica. "Imaginamos um presépio que tivesse uma ligação de idéias entre o momento histórico do nascimento de Jesus em Belém e Aparecida, onde toda a história nasceu das águas do Rio Paraíba. Para isso usamos como símbolo ou como temática a água, que faz o nexo entre os dois ambientes”, explica. O centro de todo o ambiente é a gruta de Belém, de onde brotam as cascatas, com suas águas rolando até o poço dos três pescadores, que têm nas mãos a imagem da Senhora Aparecida. “A água que brotou da fonte da vida em Belém continua a jorrar até hoje em todo o mundo e, em Aparecida de modo especial, onde os três pescadores pescaram, nas águas do Rio Paraíba, a imagem da Senhora da Conceição, Mãe de Jesus", completa o padre. O Missionário Redentorista salienta que as esculturas, feitas em cimento, são obras do escultor Alexandre de Moraes. Entre as mais de sessenta peças encontra-se também "aquele cavalo" que já é uma atração no Santuário. As cascatas e a arte final em pedras foram realizadas pela companhia Art Stones, da cidade de Caldas Novas, de Goiás. Na área de 7.345 metros quadrados do Morro do Presépio será possível observar um campo de pastores com suas ovelhas, a trilha dos Reis Magos, os anjos do anúncio do nascimento de Jesus, e uma grande estrela suspensa sobre raios de mais de dez metros de altura. O autor do projeto explica que todo o ambiente do "Morro do Presépio" é constituído por muitas pedras e uma vegetação que lembra Israel, por muitos ângulos curiosos, escadas e bancos; além do "Poço do Pescadores" onde se encontra a canoa com os três pescadores, rodeada por estátuas figurando os romeiros atuais. “No alto do conjunto da obra existe um belvedere de onde se tem uma vista belíssima do Santuário e de grande parte da cidade, do Vale do Paraíba e da Serra da Mantiqueira”, destaca. Todo o conjunto de obras do Morro do Presépio foi construído com infra-estrutura para recepção de pessoas com deficiência: rampas de acesso e piso apropriado para que os cadeirantes conheçam todos os atrativos. As pessoas que não puderem fazer o percurso andando, por motivo de deficiência física, doença, idade avançada ou gravidez, serão transportadas gratuitamente do Santuário até o estacionamento superior, descendo de lá em cadeiras de rodas. “Apesar do local ser um morro muito íngreme, nada impedirá que as pessoas idosas ou com deficiência física visitem todo o ambiente, porque foi pensado nos mínimos detalhes, para uma cadeira de rodas fazer todo o percurso, sem fadiga para seus caridosos amigos acompanhantes”, enfatiza Pe. Pelaquin. A obra, iniciada em julho e concluída na primeira quinzena de dezembro, é um presente da "Campanha dos Devotos" de Nossa Senhora Aparecida para os romeiros e visitantes do Santuário Nacional.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Goalball


Ao falar de Goalball, está-se a falar de um dos jogos colectivos mais emocionantes que existem. Para se compreender a veracidade do que acabou de ser dito, é preciso primeiro ter algum conhecimento sobre a modalidade.
Este desporto surgiu logo após a II Guerra Mundial. Visava ocupar desportivamente, os ex-combatentes que haviam cegado em combate.
Desta forma surgia o primeiro desporto criado especificamente para deficientes visuais, ao contrário de outros, não derivando de nenhuma modalidade existente.
No Goalball intervêm duas equipas de 3 jogadores cada. Que têm como funções, marcar golos e evitar que eles aconteçam na sua baliza. Este jogo é disputado geralmente em recintos fechados com piso de madeira polida ou sintético.
O Campo, tal como no voleibol, é dividido em dois quadrados de 9 metros cada, prefazendo assim, um comprimento total de 18 metros. Os 9 de largura, correspondem à largura da baliza que assim ocupa toda a linha final. Da mesma largura são as áreas em que o campo é dividido. Da linha de fundo até outra colocada 3 metros paralelamente à frente, encontra-se a chamada área de defesa, desta linha até outra paralela colocada 6 metros à frente da baliza, encontramos a área de lançamento. Os restantes seis metros recebem a designação de área neutra. A equipa nas acções defensivas apenas dispõe da área de defesa Distribuindo, geralmente, os 3 jogadores em triângulo, com o central numa posição mais avançada que os laterais. Existem marcações em relevo no interior da área defensiva que servem para orientação dos jogadores, Todas as outras linhas do campo são marcadas em relevo. A área de lançamento é por excelência a área de ataque. Os jogadores ao impelir a bola têm que fazer de forma a que o primeiro contacto desta com o solo se faça antes da linha de 6 metros.
Embora seja um desporto jogado preferencialmente por deficientes visuais, é obrigatória a utilização de vendas, de forma a que todos fiquem em igualdade de circunstâncias, permitindo assim a prática da modalidade por amblíopes e normovisuais.
A bola, fabricada exclusivamente na Alemanha, pesa pouco mais de um quilo. É oca, contém guizos no seu interior tem oito orifícios de forma a que seja ouvida mais facilmente pelos jogadores.
Assim, como se percebe, o jogo tem o tacto e a audição, como sentidos impreteríveis. A bola é rematada pelo chão, os jogadores colocam-se em posição baixa para a defender, recorrendo ao ouvido e tentando ocupar a maior área de defesa possível.É um jogo onde os remates se sucedem. Onde a desconcentração é letal. Como tal, é fundamental que o jogo se desenvolva sem ruídos estranhos ao próprio. Este é um pormenor que pode causar algum desinteresse por parte de quem assiste, mas é compreensível e fundamental. Contudo, os golos podem ser entusiasticamente festejados como em qualquer outra modalidade.
Queres Jogar Goalball?
Para se criar uma equipa de Goalball são necessários no mínimo três jogadores, pelo menos dois têm que ser deficientes visuais (cegos ou amblíopes). É necessário que o grupo se filie a uma associação ou clube e que se responsabilize pela organização de uma jornada do campeonato, pela taça ou evento similar.
Caso não queira competir no campeonato não tem que se sujeitar a estes aspectos.
Deve ser encontrado um local para treinos regulares, de preferência um pavilhão em piso sintético ou madeira polida com as dimensões suficientes para a prática do voleibol que utiliza campo com dimensões iguais às do Goalball.
A baliza pode corresponder apenas à linha de fundo marcada por postes que podem ser bancos ou qualquer outra coisa que as definam. É conveniente treinar com um mínimo de marcações em relevo, pelo menos as linhas de orientação dos jogadores. Estas são marcadas com uma corda não muito espessa e por uma fita adesiva com alguns centímetros de largura.
O equipamento de treino deve assemelhar-se ao de um guarda-redes de futebol com joelheiras e cotoveleiras, calções de protecção para as ancas, coquilhas para os homens e peitilhos para as mulheres. É fundamental o uso de vendas que eliminem a utilização de qualquer proveito visual. As bolas podem ser adquiridas na ACAPO.
Se te queres juntar a uma das equipas, criar a tua própria, implementar a modalidade ou apenas experimentar, contacta-nos!
Muita coisa não foi dita, sobretudo, todo um conjunto de regras que fazem deste um desporto de eleição. Essas podem ser encontradas na nossa página, no link regras. Se quiser assistir aos jogos procure nesta página informação sobre eventos futuros, ou entre em contacte com mailto:desporto@apec.org.pt/.

LARAMARA

Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual é uma organização da sociedade civil que visa apoiar a inclusão educacional e social da pessoa com deficiência visual: cegos, baixa-visão ou múltipla deficiência.
É um espaço de referência no trabalho em parceria com a família, escola e comunidade para a promoção do processo de aprendizagem e desenvolvimento da pessoa com deficiência visual.
As ações da instituição incluem avaliação oftalmológica especializada, avaliação das necessidades educacionais especiais referentes à deficiência visual e atendimento específico de crianças e jovens vindos de todo o Brasil.
Missão
Promove a disseminação de conhecimentos e experiências na área da deficiência visual, desenvolvendo cursos especializados, seminários, encontros e conferências dirigidas a professores, profissionais da área, familiares e comunidade em geral.
A busca por recursos pedagógicos e brinquedos adequados, o desenvolvimento e adaptação de materiais, métodos e técnicas inovadoras e um espaço físico acessível às necessidades da pessoa com deficiência visual e outros comprometimentos têm sido alvo de constante pesquisa.
História
Foi fundada, pelo casal Mara e Victor Siaulys, em 7 de setembro de 1991 e já recebeu cerca de 8000 usuários que se beneficiaram em algum programa da instituição.
Laramara foi agraciada, em 1995, pela Fundação Abrinq em reconhecimento pela preocupação da instituição de garantir o direito das crianças com deficiência visual de brincar e aprender de maneira lúdica e prazerosa.
Em 1996, 1997, 1998 recebeu o Prêmio Comunidade Solidária do Governo Brasileiro pela proposta realizada na preparação de jovens para o mercado de trabalho.
Atualmente possui cerca de 700 crianças e jovens integrados em algum programa ou serviço na instituição.
Relações Institucionais e Visitas Monitoradas
A Diretoria de Relações Institucionais da LARAMARA visando apoiar e efetivar a inclusão da pessoa com deficiência visual no contexto social interage com as pessoas com deficiência e seu entorno; e também com a sociedade em geral, visando orientar sobre as possibilidades e potencialidades das pessoas com necessidades específicas para a sua inclusão social. Informa sobre serviços, técnicas e tecnologias disponíveis que viabilizam o tratamento em condições de igualdade, oportunizando a participação de pessoas com deficiência visual (habilitadas e/ou reabilitadas) nos processos seletivos existentes no mercado de trabalho (concursos públicos, serviços efetivos e temporários, prestação de serviços e etc).

A LARAMARA abre suas portas para a comunidade.
Visitas Monitoradas todas terças-feiras às 14 horas, com duração de duas horas.
Agende com antecedência
(0xx11) 3660.6405 ou por e-mail: acbarqueiro.ct@laramara.org.br

Deficiência Visual

A visão é um sentido muito importante para o desenvolvimento humano e o que mais informações fornece sobre o ambiente. Por ela adquirimos mais da metade dos conhecimentos a respeito do mundo que nos cerca.
A formação da imagem visual deriva de uma rede integrada, da qual os olhos são apenas uma parte, envolvendo aspectos fisiológicos, sensório-motores, perceptivos e emocionais e todo o aparelho visual deve estar íntegro, para que a visão se processe normalmente.
A retina, camada interna do olho, possui uma rede de células nervosas, sendo a mácula o ponto central da visão, responsável pela melhor acuidade visual e pela nitidez das imagens. As informações da retina central e periférica são conduzidas pelas vias óticas ao cérebro, onde são interpretadas as imagens; qualquer problema no globo ocular, nas vias óticas ou regiões corticais levará à dificuldade visual.
Assim, é a coordenação entre o sistema visual e o cérebro que nos possibilita perceber e compreender o ambiente.
A educação da criança com deficiência visual deve considerar alguns fatores que podem ter influência, tais como: a fase da vida em que surgiu a deficiência, o tempo transcorrido desde a perda, a forma como ocorreu o problema, gradual ou subitamente.
A pessoa com deficiência visual pode ser cega ou ter baixa visão. Se a deficiência atingir um só olho, não se caracteriza a deficiência visual.
(Texto extraído do Manual – A inclusão do aluno com baixa visão no ensino regular – Orientações aos professores da escola regular. Uma publicação do Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial em parceria com Laramara, pág. 11, 2006)

CEGUEIRA

Do ponto de vista legal, a cegueira é caracterizada pela acuidade visual corrigida menor que 20/200 no melhor olho ou campo visual menor que 20º. Essa definição é usada para concessões de benefícios ou isenções. Já do ponto de vista educacional, consideramos pessoas cegas aquelas que apresentam desde a ausência total de visão até a perda da projeção de luz. Seu processo de aprendizagem se fará através dos outros sentidos (tato, olfato, audição, paladar), utilizando o Sistema Braille como principal meio de comunicação escrita.

BAIXA VISÃO

Segundo a OMS (Bancoc, 1992) uma pessoa com baixa visão é aquela que apresenta alterações na sua funcionalidade, mesmo após tratamento e/ou correção óptica, com acuidade visual menor que 20/70 até percepção de luz (sendo a normal equivalente a 20/20); campo visual inferior a 10% do seu ponto de fixação; alterações na sensibilidade aos contrastes e cores; dificuldade de adaptação à iluminação mas com capacidade potencial de utilização da visão para o planejamento e execução de tarefas.
Para fins educacionais, adotamos a seguinte definição:As pessoas com baixa visão são aquelas que apresentam “desde condições de indicar projeção de luz até o grau em que a redução da acuidade visual interfere ou limita seu desempenho”. Seu processo educativo se desenvolverá, principalmente, por meios visuais, ainda que com a utilização de recursos específicos”. (SEESP/MEC, 2006)

Associação dos Pintores com a Boca e os Pés





Fundada em 1956 por Erich Stegmann, tem providenciado, por mais de 50 anos, uma vida independente para artistas que não têm o uso de suas mãos. Todos os membros dessa sociedade internacional são incapacitados de pintar usando suas mãos, e todos são beneficiados com a satisfação em poder ganhar seu próprio sustento, independente de caridade.
Uma vez que se tornam "membros" (sócios), seu trabalho deve ser de um padrão que possa competir em estética e base comercial com os trabalhos de artistas convencionais.
INDEPENDÊNCIA, AMOR E ARTE
Os artistas associados recusam caridade, preferindo reter seu respeito próprio competindo em termos iguais com artistas "normais"; eles fazem de tudo para assegurar que sua Associação seja entendida como um trabalho, um negócio, e que não seja confundida com entidades filantrópicas, colorindo assim a apreciação pela sua arte por sentimento.
A Pintores com a Boca e os Pés não é uma associação beneficente, mas sim uma sociedade de membros importantes. Todos os seus integrantes aprenderam a desenhar e pintar sustentando o pincel com a boca ou com os dedos dos pés, por terem perdido o uso das mãos.
A constituição da sociedade, no ano de 1956, deu oportunidade a todos os seus membros de se manterem com a venda de pinturas em forma de cartões, calendários e outros artigos. Nossa principal preocupação é incentivar pessoas com essas deficiências, proporcionando-lhes uma bolsa de estudos até o seu aperfeiçoamento na pintura.
Os quadros dos Pintores com a Boca e os Pés estiveram expostos no Brasil e por todo mundo.
Mais de 500 Membros em Mais de 70 países
A Associação conta com mais de 770 artistas, em mais de 70 países, e não faz distinção alguma entre nacionalidade, raça e crença. HÁ 36 PINTORES NO BRASIL, e a Associação procura ativamente por novos estudantes e membros.
Essa cooperativa mundial única é gerenciada e administrada sob o controle e supervisão de seus membros, todos artistas sem o uso de suas mãos.
O sucesso das vendas de seus produtos num mercado altamente competitivo, ajuda a assegurar aos artistas um estilo de vida independente que realça a atividade do seu trabalho criativo, livre de preocupação financeira. Para esse fim, os artistas possuem sua própria empresa de edição, ou indicam editores para produzir, distribuir e vender os produtos característicos de seu trabalho.
Eles também têm especialistas financeiros e legais para cuidar de seus assuntos, e têm sido bem sucedido em manter os custos de administração abaixo de 7% da renda das vendas.
Para serem reproduzidos, os trabalhos são inteiramente selecionados com base no potencial de vendas artístico, e não nas necessidades dos artistas a fim de contribuir com a renda da sociedade em qualquer ano.
APBP
Rua Tuim, 426 Moema – SP
CEP 04514-101
Tel: (11) 5051-1008
http://www.apbp.com.br/