sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Conceitos da cegueira

Acuidade Visual
capacidade de distinguir detalhes, dada pela relação entre o tamanho do objeto e a distância onde está situado.

Binocularidade
é a capacidade de fusão da imagem proveniente de ambos os olhos em convergência ideal, o que proporciona a noção de profundidade.

Campo Visual
é a capacidade de fusão da imagem proveniente de ambos os olhos em convergência ideal, o que proporciona a noção de profundidade.

Visão de Cores
capacidade para distinguir diferentes tons e nuances das cores.

Sensibilidade ao Constraste
habilidade para discernir pequenas diferenças na luminosidade de superfícies adjacentes.

Sensibilidade à Luz
capacidade de adaptação frente aos diferentes níveis de luminosidade do ambiente.

Fonte:
Classificações da deficiência visual: compreendendo conceitos esportivos, educacionais, médicos e legais
Autores: Chimênia Xavier Crós, Leonardo Mataruna, Ciro Winckler de Oliveira Filho, José Julio Gavião de Almeida

Cegueira: classificação médica

•Cegueira por acuidade: visão de 20/200 pés ou inferior, com a melhor correção (uso de óculos). É a habilidade de ver em 20 pés ou 6,096 metros, o que o olho normal vê em 200 pés ou 60,96 metros (ou seja, 1/10 ou menos que a visão normal), onde 1pé = 30,48 cm.

•Cegueira por campo visual: ter um campo visual menor do que 10° de visão central - visão de túnel.

•Cegueira total ou "não percepção de luz": não há percepção visual ou a inabilidade de reconhecer uma luz intensa exposta diretamente no olho.

Cegueira: classificação educacional

•Pessoa Cega: possui perda total ou resíduo mínimo de visão, necessitando do método Braille como meio de leitura e escrita e/ou outros métodos, recursos didáticos e equipamentos especiais para o processo ensino-aprendizagem.

•Pessoa com baixa visão: é aquela que possui resíduos visuais em grau que permitam ler textos impressos à tinta, desde que se empreguem recursos didáticos e equipamentos especiais, excluindo as deficiências facilmente corrigidas pelo uso adequado de lentes (BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto, 1993).

Cegueira: classificação esportiva

•B1: Ausência total da percepção da luz em ambos os olhos, ou alguma percepção da luz, mas com incapacidade para reconhecer a forma de uma mão em qualquer distância ou sentido.

•B2: Da habilidade de reconhecer a forma de uma mão até uma acuidade visual de 2/60 metros e/ou um campo visual inferior a 5º de amplitude.

•B3: Desde uma acuidade visual superior a 2/60 metros até 6/60 metros e/ou um campo visual de mais de 5º e menos de 20º de amplitude.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Desenvolvimento de equipamento de tecnologia assistiva voltada a escrita do Braile por pessoas cegas ou com baixa visão.

Atualmente existe no país legislação que atenda as necessidades dos deficientes. Citando apenas os direitos humanos, comuns a todos os cidadãos, deficientes ou não: dignidade, igualdade, conhecimento e inclusão social pergunta-se quais destes são efetivamente cumpridos em se tratando dos deficientes? No Brasil, 14,5% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência e se incluirmos seus familiares esta realidade passa a ser comum para 25% dos brasileiros, segundo Censo Demográfico do IBGE (2000). A sociedade, contudo, incluindo as empresas nacionais, tem dificuldade em considerar esta situação. As pessoas com deficiência devem ter seus direitos atendidos através de instrumentos que eliminem ou atenuem suas dificuldades no exercício da cidadania. Acredita-se que ao desenvolver um produto que minimize as dificuldades do acesso a escrita do código braille se contribua para a efetivação de alguns dos direitos dos deficientes visuais. O equipamento proposto funcionará a partir de um processo mecânico, adaptado para a ampliação do seu uso através de inovações nas suas dimensões, material, modelo e forma de uso. O produto deste projeto viabiliza-se pelo alto potencial de retorno comercial e social, além de substituição de similar importado. Para que se compreenda o quanto um material assim é importante basta lembrar o quanto o papel e a caneta são importantes na vida cotidiana e para a comunicação das pessoas videntes.
Aline Piccoli Otalara

Tecnologia Assistiva

Conceito:
Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover Vida Independente e Inclusão.



É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey • Assistive Technologies: Principles and Practices • Mosby – Year Book, Inc., 1995).
O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana conhecida como Public Law 100-407 e foi renovado em 1998 como Assistive Technology Act de 1998 (P.L. 105-394, S.2432). Compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act, que regula os direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos que estes necessitam.




A Tecnologia Assistiva se compõe de Recursos e Serviços. Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob-medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os Serviços, são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.


RecursosPodem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.


ServiçosSão aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos. Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como: Fisioterapia, Terapia ocupacional, Fonoaudiologia, Educação, Psicologia, Enfermagem, Medicina, Engenharia, Arquitetura, Design e Técnicos de muitas outras especialidades.


No Brasil, encontramos também terminologias diferentes que aparecem como sinônimos da Tecnologia Assistiva, tais como “Ajudas Técnicas”, “Tecnologia de Apoio“, “Tecnologia Adaptativa” e “Adaptações”.

Embaixadores da Alegria


Quem sou eu?

Embaixadores da Alegria é a primeira escola de samba voltada às pessoas com deficiência e suas famílias. Somos uma mescla de Escola de Samba e projeto social que utiliza o samba como instrumento de inclusão social. Nosso projeto reúne o sonho da Avenida com a realidade do dia-a-dia destes sambistas especiais, visando quebrar todas as barreiras de acessibilidade e os preconceitos de quem ainda os vê como incapacitados. Para qualquer informação entre em contato conosco:

Tel: (21) 3874.0661

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Educação física no Instituto Benjamin Constant


Atende a todos os alunos e reabilitandos matriculados no IBC, desde a estimulação essencial.


Enfatiza o conhecimento e domínio corporal e busca, através de atividades lúdicas e esportivas, servir como importante elemento de desenvolvimento geral, aumentando o potencial de experimentação corporal de situações de aprendizagem e de aquisição de conceitos básicos.


Desenvolve a auto-confiança, a auto-iniciativa e a auto-estima, além de atuar como elemento facilitador de um desenvolvimento motor adequado e propiciador de situações de interação social.


As instalações para a prática da educação física e de esportes compreendem duas piscinas, quadra poliesportiva, área de luta para o judô, aparelhagem de musculação, salão de ginástica e de goalball, sala de dança, sala de recreação, pista de atletismo e campo de futebol.


O IBC possui uma equipe desportiva, desenvolvendo o futebol de salão, a natação, o judô, o atletismo, o xadrez, o thorball e o goalball. Seus alunos têm alcançado excelentes resultados em campeonatos nacionais e internacionais.


GOALBALL e THORBALL - Modalidades esportivas inventadas e desenvolvidas especificamente para atletas portadores de deficiência visual e praticados com uma bola sonora.


Para saber mais, entre en contato com nossa Coordenação de Educação Física


Responsável: Paulo Sérgio MirandaTelefone: (0xx21)3478-4481

Baixa Visão

A pessoa com baixa visão apresenta uma perda visual severa, que não pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico, nem com o uso de óculos convencionais. Entretanto, ela mantém um resíduo visual que é individual e sua capacidade de usá-lo não depende somente da acuidade ou da patologia. Esse resíduo compreende uma extensa gama de possibilidades, variando de pessoa para pessoa, e seu uso pode estar restrito desde a apenas algumas atividades da vida diária até a utilização da leitura e escrita em tinta, com recursos especializados (ópticos, não-ópticos e eletrônicos).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Futebol de 5 (para cegos)


O setor de evento da Andef divulgou parte dos eventos do ano de 2010. As fases de treinamento da seleção brasileira de futebol de cinco (para cegos) acontecem durante todo o ano.

FEVEREIRO
18 E 19 – EVENTO DA COMADERJ
22 A 26 – PARLAMENTO JUVENIL


MARÇO
08 A 15 – FUTEBOL DE 5


ABRIL
03 A 10 – FUTEBOL DE 5
14 A 21 – GOAL BALL


MAIO
04 A 11 – FUTEBOL DE 5
17 A 24 – GOAL BALL


JUNHO
02 A 09 – FUTEBOL DE 5
10 A 17 – GOAL BALL


JULHO
14 A 20 – FUTEBOL DE 5


AGOSTO
01 A 13 – FUTEBOL DE 5


OUTUBRO
04 A 10 – COPA BRASIL DE FUTEBOL DE 5


NOVEMBRO
01 A 07 – COPA BRASIL A
18 A 21 – BRASILEIRO DE GOAL BALL

Anatomia do Olho


Conjuntiva - a fina membrana que recobre a esclera.


Córnea - a "janela" frontal e transparente do olho. A córnea transmite a luz e ajuda o olho a focalizar as imagens.


Cristalino (lens) - a lente situada no interior do olho que focaliza os raios de luz sobre a retina.
Esclera - a parte branca do olho.


Íris - a estrutura que dá a cor ao olho; controla a abertura da pupila, regulando a quantidade de luz que entra no olho.


Mácula - uma pequena área sobre a retina que contém células super-sensíveis à luz. É a mácula que possibilita a visão de detalhes.


Nervo óptico - o nervo que conecta o olho ao cérebro. Ele transmite os impulsos gerados pela retina ao cérebro, que, por sua vez, os "decodifica" sob a forma de imagens.


Pupila - a abertura no centro da íris que deixa passar os raios luminosos para o interior do olho.


Retina - camada de tecido nervoso que recobre internamente a parte posterior do olho. A retina capta a imagem e cria impulsos que são enviados ao cérebro através do nervo óptico.


Vítreo - substância gelatinosa e transparente que preenche o espaço interno do olho.


Figura reproduzida do site da American Academy of Ofthalmology

PROEFA

O que é?
Todo semestre, desde 1988, nós desenvolvemos currículos de educação física adaptada para grupos de indivíduos com deficiências das instituições locais de Rio Claro, interior de SP.
O objetivo do PROEFA é desenvolver e adaptar atividades, em grupo ou individualizada, que incluem habilidades motoras básicas, aptidão física, habilidades da vida diária, competências em relacionamentos sociais. O PROEFA é uma oportunidade de desenvolvimento e reeducação motora através de atividades de desenvolvimento (básicas), recreativas, jogos, expressão corporal e danças, e atividades esportivas (ou pré-desportivas).

Objetivos específicos:
aperfeiçoar ou recuperar padrões de movimentos globais (locomoção, manipulação e postura), noções espaço-temporais e capacidade de orientação ligados tanto às atividades de vida diária como atividades de lazer ou esporte;
ampliar o repertório de habilidades motoras;
desenvolver aptidão ou capacidade física;
participar de maneira construtiva em atividades em grupos de forma a melhorar relacionamentos sociais e a própria capacidade de expressão e comunicação;
aprender a se divertir em atividades físicas;
desenvolver a imagem corporal, esquema corporal e a percepção de si e suas possibilidades em relação à objetos e às pessoas;
desenvolver competência social e adequação comportamental/emocional de modo a respeitar os direitos, limites ou capacidades/habilidades envolvendo outras pessoas e a si próprio.


Os objetivos do PROEFA com relação aos participantes sem deficiências;
Para os participantes estudantes de 1o. grau: conhecimento sobre integração, desenvolvimento de postura crítica sobre diversidade e direitos humanos; conhecimentos técnicos sobre manejo e noções básicas de desenvolvimento humano (principalmente da criança).
Para os estudantes universitários: melhora no desempenho acadêmico na área (melhores pontuações nas avaliações das disciplinas da área); competência profissional, desenvolvimento de postura crítica sobre diversidade e direitos humanos, independência e criatividade no planejamento de aulas e programas na área, desenvolvimento de habilidades no gerenciamento de ambientes inclusivos.
Tornar-se um ambiente de discussão crítica com alunos, estagiários, pais e professores da escola. Ainda, demonstrar para comunidade geral que o convívio com grupos tradicionalmente segregados é uma oportunidade preciosa de vivenciar a diversidade humana.

E o que mais?
O PROEFA serve também como:
laboratório de pesquisa e aprendizagem para alunos da graduação em educação física;
laboratório para desenvolver técnicas e métodos específicos para a inclusão de pessoas com deficiência na atividade física regular com alunos não-deficientes desenvolvendo monitoria junto com os professores (estagiários universitários) do programa,
oportunidade para atender estágios obrigatórios e voluntários vinculados às disciplinas de educação física adaptada.

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Menino e o Cão

Um menino entra na loja de animais e pergunta o preço dos filhotes à venda. - Entre R$30,OO e R$50,OO, responde o dono. O menino puxou uns trocadinhos do bolso e disse: - Mas, eu só tenho 3 reais ... Poderia ver os filhotes? O dono da loja sorriu e chamou Lady, a mãe dos cachorrinhos, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pêlo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, com dificuldade, mancando de forma visível.. - O que é que há com ele? O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril, mancaria e andaria devagar para sempre ... O menino se animou e disse com enorme alegria no olhar: - Esse é o cachorrinho que eu quero comprar! O dono da loja respondeu: - Não, você não vai querer comprar esse! Se quiser realmente ficar com ele, eu lhe dou de presente.
O menino emudeceu e, com os olhos marejados de lágrimas, olhou firme para o dono da loja e falou: - Eu não quero que você o dê para mim. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade eu lhe dou 3 reais agora e 1 real por mês, até completar o preço total. Surpreso, o dono da loja contestou: - Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho. Ele nunca vai poder correr pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos. O menino ficou muito sério, abaixou-se e ergueu lentamente a perna esquerda da calça, deixando à mostra a prótese que usava para andar ... Olhou bem para o dono da loja e respondeu... - Veja não tenho uma perna ... Eu não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso ...

Este ano a Creche Escola Aquarelando adotou como proposta pedagógica o estudo sobre pessoas com deficiência e baixa mobilidade.


Texto sugerido pela equipe pedagógica da Creche Escola Aquarelando.

Adapt Surf

Iniciado em 2007, o projeto tem como objetivo geral promover a inclusão e integração social das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida através do esporte e lazer, aproveitando a praia como ambiente e o surf adaptado como instrumento. O Instituto promove, divulga e difunde o surf como modalidade de esporte adaptado, para tanto, desenvolvemos parcerias com entidades ligadas ao esporte, escolas de surf e outros Projetos de Surf Adaptado.
As aulas são realizadas individualmente ou em pequenas turmas e divididas em diferentes dias e turnos, no Posto 2 da Barra da Tijuca e no Posto 11 do Leblon. Proporcionando às pessoas com deficiência a possibilidade de integração com outras pessoas e com a Natureza. Abrangem o ensino da técnica, noções de oceanografia e educação ambiental, adaptação ao meio líquido e ao ambiente de praia. Além disso, os alunos recebem material didático de apoio, uniforme e certificado.

Projeto Praia Para Todos na Barra da Tijuca

Rio de Janeiro - A falta de rampas de acesso, de vagas específicas e de sinais sonoros pode tornar a ida às praias do Rio de Janeiro, um programa tipicamente carioca, numa verdadeira maratona para pessoas com deficiência. Para garantir a acessibilidade dessa parcela da população, no próximo domingo (24) a organização não governamental Espaço Novo Ser vai lançar o projeto Praia Para Todos, na Barra da Tijuca, em frente ao posto 3.

No local, já está sendo construída, com apoio da prefeitura, uma rampa de acesso. Também serão instalados piso tátil e sinal sonoro para facilitar a movimentação de cegos. Além disso, haverá profissionais e voluntários para oferecer banho de mar orientado, atividades de recreação e iniciação aos esportes adaptados, como voleibol sentado, surfe, futebol, frescobol e peteca.De acordo com o biólogo Ricardo Gonzalez, idealizador do projeto, que era surfista até ficar tetraplégico há 12 anos, o objetivo é, além de ampliar a acessibilidade no local, chamar a atenção da sociedade para o fato de que as melhorias beneficiam não apenas quem tem deficiência, mas a todas as pessoas com mobilidade reduzida.“Estamos fazendo um convite especial a quem também não tem deficiência para que vejam essa integração e percebam que é na diversidade que está a riqueza da vida. É preciso notar que todo mundo, em algum momento da vida, vai precisar de ajuda, de maior acessibilidade, seja quando criança, em um carrinho de bebê, ou na terceira idade, quando tiver sua mobilidade reduzida”, afirmou.Ricardo ressaltou que embora o país tenha avançado em conceitos e aplicações inclusivas ainda há muitos desafios. Segundo ele, leis que garantam o direito de ir e vir de deficientes têm sido criadas, mas ainda são cumpridas de forma lenta. “Não é só na praia, há dificuldade de mobilidade em diversos locais. No centro do Rio, por exemplo, que é onde fica a vida econômica e comercial da cidade, a acessibilidade ainda é muito precária. Esse problema é crucial para o deficiente e o impede até de pegar um ônibus para chegar num cinema, numa escola, num centro de reabilitação”, acrescentou.O projeto, de caráter itinerante, acontecerá na Barra todo domingo até dia 30 de maio, das 9h às 14h. Nos domingos seguintes ao da inauguração, as atividades seguem para Copacabana e Ipanema, na zona sul, e Piscinão de Ramos, na zona norte.De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 10% da população mundial apresenta algum tipo de deficiência. No Brasil, são cerca de 24,6 milhões de pessoas.