Considerações iniciais
Na condição de educadores, caminhada iniciada ainda na década de 1980, com intensiva atuação, devemos confessar que nossa descoberta sobre o debate relacionado à educação inclusiva, só teve inicio há poucos anos.
Mas, verdade seja dita que sempre existiu, entre as nossas preocupações de educadores, a problematização do vigente modelo educacional, principalmente quanto à educação pública, que mais tende a excluir e segregar alunos do que a incluir e ser democrática.
Isso é facilmente comprovado quando são levantados os tímidos resultados quanto à consolidação do direito à educação, em todos os seus níveis, e mais ainda quando avaliamos a presença de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas, dados reveladores de que estamos muito distantes da educação como um direito fundamental de todos os cidadãos.
Confessamos que passamos um bom tempo de nossa prática docente educacional sem despertar para a invisibilidade de um grupo de alunos, sem refletir sobre a individualidade de nossos alunos, sem reconhecer, enfim, a plenitude das possibilidades da diversidade humana, tendo apenas como visíveis os ditos "alunos normais" e, consequentemente, determinando como "invisíveis" os chamados pejorativamente pela sociedade por várias denominações tais como excepcionais, especiais, deficientes, diferentes etc.
Hoje, somando aos nossos sentimentos de democratizar a educação, junto com a nossa atuação como membros ativos do Núcleo de Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais - Napne do Ifpe, é possível dizer o quanto incorporamos, e de forma radical, que a condição de ser aluno, de frequentar uma sala de aula, é um direito de todos. Isso significa, obrigatoriamente, respeitar as mais diversas possibilidades da individualidade humana, e mais ainda as apresentadas na condição de aluno.
A educação para todos exige de nós educadores uma profunda reflexão sobre a dialética da exclusão x inclusão no ambiente da escola, e também o seu significado na sociedade.
Com isso dizemos que o acontecido na sala de aula, tanto seja a exclusão ou a inclusão de alunos, ocorre por direta repercussão do que possamos construir como um novo modelo de sociedade.
Considerações Finais
A inclusão, para acontecer na sociedade e na escola, depende antes de tudo e necessariamente de mudança de valores e da vivência de um novo paradigma, que não se faz com simples recomendações técnicas, como se fossem receitas de bolo, mas com profundas reflexões. Por isso essa questão não é tão simples, pois devemos levar em conta as diferenças, presentes em todos os indivíduos que compõem uma instituição de ensino.
Fundamentais para que haja efetiva inclusão, falamos de mudanças que exigem o esforço de todos, para que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de conhecimento, deixando de existir a discriminação por idade e capacidade. Para isso, a educação deverá ter um caráter amplo e complexo, favorecendo a construção de todos ao longo da vida, e todo aluno, independente das dificuldades, poderá beneficiar-se dos programas educacionais, desde que lhe sejam dadas as oportunidades adequadas para o desenvolvimento de suas potencial idades.
Se não oferecemos nenhuma proposta de inclusão que possa ser generalizada ou multiplicada, pois ainda são incipientes essas experiências na educação, no entanto é de consenso que esse processo é de responsabilidade de toda a sociedade, portanto, é preciso que a escola esteja aberta para a “escuta”, favorecendo assim as trocas para a construção do processo de inclusão escolar.
Obs: Trechos extraídos do artigo científico publicado na Revista Nacional de Tecnologia Assistiva - abril/2010.
Gustavo Mauricio Estevão de Azevedo
José Rogério Arruda da Silva
a escola por muito tempo foi tabalhada de forma errada, excluindo grupo de pessoas,em vez de inclui-las, mas isto está sendo mudado, pela nova visao de escola comunitária,aonde isso não mais é problema apenas da escola, mas também da sociedade.
ResponderExcluiresse trabalho de integração dessas escolas e uma ideia muito boa mais sabemos que ainda falta estrutura e profisionais qualificados pra desenvolver este trabalho que hoje ja esta sendo mais condicionado nas sociedades..
ResponderExcluirPrecisamos nos adequar à nova realidade, pois a inclusão nas escola é um fato. Infelizmente não temos profissionais preparados para a inclusão. Temos que estar a cada dia buscando novas informaçãoes, pesquisando, trocando experiências para podermos dar uma qualidade de vida melhor a essas crianças que precisam tanto estar inserido à sociedade de uma forma digna. Para isso devemos primeiramente acabar com os preconceitos e nos dedicarmos com carinho, pois acabamos aprendendo mais com eles do que eles conosco.
ResponderExcluirA inclusão dos alunos com necessidades especiais, depende de uma série de fatores, que vão do profissionalismo até a estrutura para eles na escola. É um processo que vem se desenvolvendo e se tornando real a cada dia.
ResponderExcluirÉ preciso sim incluí-los e dar oportunidades para que a sociedade respeite e aprenda a tratar com igualdade quem também tem capacidade.
Acredito que estamos no caminho certo para a inclusão de alunos portadores de deficiência em escolas comuns. Porém, temos que nos atentar para aterdermos as necessidades desses alunos, tais como profissionais capacitados e estrutura condicionada as várias necessidades.
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