sábado, 26 de dezembro de 2009

Futebol para mulheres cegas

História
Porque não enxergamos obstáculos.
É inegável que, nos últimos anos, um dos esportes de maior crescimento em popularidade no Brasil e no mundo tem sido o futebol feminino. As duas medalhas de prata consecutivas obtidas pela seleção brasileira da modalidade nas Olimpíadas de Atenas (2004) e Pequim (2008) fizeram com que jogadoras como Marta e Cristiane se tornassem conhecidas entre os brasileiros. Na onda do sucesso do esporte, alguns países já contam com campeonatos bem estruturados da modalidade. E o paradesporto não podia estar de fora dessa tendência mundial. No ano de 2007, a cidade alemã de Tubingen foi lar do primeiro workshop no mundo voltado ao ensino e prática de futebol para meninas e mulheres cegas e deficientes visuais. Por trás do projeto, estava o professor da Urece, Gabriel Mayr. E a Alemanha, uma das potências do futebol feminino convencional, manteve o pioneirismo na modalidade paradesportiva. Desde então, mais dois workshops foram ministrados naquele país. O último deles aconteceu na cidade de Stuttgart, em setembro de 2009, tendo como um de seus instrutores o vice-presidente da Urece e atleta de futebol, Marcos Lima. Foram doze meninas vindas de várias partes da Alemanha, divididas em três grupos, segundo seus níveis de aptidão e experiência. O ginásio do clube MTV Stuttgart foi lar, no dia 5 de setembro de 2009, da primeira partida de futebol entre mulheres cegas da história. Os organizadores do workshop dividiram as participantes em três times de igual potencial, realizando assim um torneio com regras oficiais. A Alemanha é o único país que conta com mulheres cegas jogando oficialmente. Por não haver número suficiente de meninas para montar diversas equipes e organizar assim um campeonato próprio, as mais experientes são inseridas nas equipes masculinas durante a disputa da Blinden Bundesliga (o Campeonato Alemão de Futebol para Cegos). Ainda em processo de adaptação, as meninas começam a fazer a diferença em alguns times. Aneta foi a primeira mulher a marcar um gol em uma partida oficial entre os homens. Por isso, nada mais natural do que a Alemanha sediar o primeiro campeonato de futebol feminino para cegas no mundo. Organizada pela Deutscher Blinden- und Sehbehindertenverband e.V. - DBSV (Associação alemã de Cegos e Deficientes Visuais) o torneio contará com cinco equipes, sendo quatro da Alemanha e uma do Brasil, a Urece Esporte e Cultura.
O futebol feminino chega ao Brasil
A história do futebol feminino para mulheres cegas no Brasil confunde-se com a história da equipe Urece/America da modalidade. Idealizador do workshop em TUbingen, Gabriel Mayr trouxe o esporte para o Brasil. Em julho de 2009, a Urece formou a primeira equipe de futebol feminino do continente, reunindo seis atletas que já praticavam outros esportes na associação. O primeiro desafio da equipe é justamente o torneio internacional de Marburg. Graças a uma parceria com a organização do evento, a Urece obteve 11 passagens aéreas e ferroviárias , além de hospedagem para as atletas e comissão técnica. As meninas treinam no ginásio B da sede do America Football Club, no bairro carioca da Tijuca. Sobre a supervisão do mestre em educação física Gabriel Mayr, a equipe vem sendo treinada por Fausto Penello, Zélio Vianna e Thales Habib.
Madrinha de luxo
Um mês antes da realização da competição, a Urece ganhou o reforço de uma ilustre torcedora. Graças a contatos promovidos pela Urece, a três vezes melhor do mundo no futebol feminino, a atleta Marta, aceitou o convite para ser madrinha da equipe, aliando seu vitorioso nome a essas meninas pioneiras. Na cerimônia, ocorrida na cidade de Santos, as atletas da URece entregaram-na uma placa em braille com os dizeres "madrinha Marta". A saga das meninas da Urece, apoiadas por sua ilustre madrinha, foi assunto de matéria do semanário esportivo Esporte Espetacular, exibido pela Rede Globo de Televisão, o que deu outra dimensão ao projeto. (veja mais abaixo, em "futebol feminino na Urece").
Regras
As regras do futebol feminino seguem em sua totalidade as regras do futebol masculino para cegos. As partidas são realizadas em quadras abertas ou fechadas, das mesmas dimensões que as utilizadas na prática do futsal convencional, para pessoas que enxergam. A única modificação espacial necessária é o que se chama de banda lateral, um conjunto de compensados de madeira de um metro e meio de altura que percorre toda a lateral da quadra. Dessa maneira, a bola só sai de jogo após ultrapassar a linha de fundo, o quê dá ao esporte um dinamismo muito maior. As goleiras enxergam normalmente (videntes). Mas, para evitar que influam demasiadamente na dinâmica da partida, elas têm sua área de atuação restrita a uma pequena zona retangular de 2 por 5 metros, próxima ao gol. Além disso, um guia denominado(a) chamador(a), posicionado atrás do gol adversário, orienta as jogadoras de ataque de sua equipe. Para evitar que haja disparidade entre as atletas provocadas por possíveis resíduos visuais, a regra as obriga a utilizarem o Tampão Oftalmológico, recoberto por uma venda. No entanto, o elemento mais curioso que envolve o esporte é a bola, especialmente produzida para a modalidade. Ela tem a superfície recoberta por gomos dentro dos quais são acondicionados e costurados guizos de ferro. Quando a bola está em movimento, esses guizos balançam em seu interior e o som produzido orienta as atletas.

Comitê Praolímpico Brasileiro

Objetivos Gerais
Consolidar o Movimento Paraolímpico no Brasil, visando o pleno desenvolvimento e difusão do esporte de alto-rendimento para pessoas com deficiência em nosso País.
Objetivos Promocionais
Aumentar a visibilidade e a empatia do Movimento Paraolímpico junto à mídia e à sociedade em geral;
Manutenção de um núcleo de comunicação e marketing esportivo, visando implantar ações integradas de assessoria de imprensa, relações públicas, promoções, comunicação visual e marketing;
Criar situações para que o produto Movimento Paraolímpico possa ser utilizado estrategicamente por seus parceiros para divulgação e comercialização de seus produtos e serviços, bem como para a conquista, manutenção e fidelização de seus clientes;
Implantar uma estrutura operacional e promocional dos eventos capaz de atender às expectativas e interesses estratégicos dos parceiros e seus clientes;
Desenvolver e implantar um programa de capacitação de recursos humanos em forma de seminários e oficinas de administração e marketing esportivo de âmbito regional e nacional, visando modernizar e instrumentalizar as associações filiadas de gestão e clubes de prática do esporte paraolímpico;
Criar, desenvolver e implantar um programa de licenciamento do Movimento Paraolímpico de âmbito nacional.
Objetivos Técnicos
Proporcionar condições técnicas e científicas para o desenvolvimento dos atletas integrantes da Equipe Paraolímpica Brasileira;
Criar um ranking nacional para os atletas paraolímpicos brasileiros;
Padronizar os métodos e instrumentos de avaliação da performance dos atletas;
Fomentar a realização de competições nacionais para a motivação e detecção de novos talentos;
Estimular a participação de atletas e equipes paraolímpicas brasileiras em competições internacionais;
Capacitar e qualificar profissionais envolvidos nos setores meios e fins, constituintes do processo paraolímpico;
Estimular a qualificação profissional dos atletas paraolímpicos, visando o planejamento da pós-carreira esportiva dos mesmos;
Identificar condições de trabalho para os atletas paraolímpicos, visando sua inclusão social e profissional;
Criar e implantar um calendário para o esporte paraolímpico brasileiro;
Proporcionar uma infra-estrutura de desenvolvimento do esporte de alto-rendimento para pessoas com deficiência do País;
Estabelecer normas e critérios de qualidade e funcionamento para as Associações Filiadas e Clubes Paraolímpicos, visando a padronização dos instrumentos gerenciais de acompanhamento de processos, projetos e resultados.
www.cpb.org.br

Comitê Praolímpico Brasileiro

Objetivos do Comitê Paraolímpico Brasileiro

Objetivos Gerais

Consolidar o Movimento Paraolímpico no Brasil, visando o pleno desenvolvimento e difusão do esporte de alto-rendimento para pessoas com deficiência em nosso País.
Objetivos Promocionais
• Aumentar a visibilidade e a empatia do Movimento Paraolímpico junto à mídia e à sociedade em geral;
• Manutenção de um núcleo de comunicação e marketing esportivo, visando implantar ações integradas de assessoria de imprensa, relações públicas, promoções, comunicação visual e marketing;
• Criar situações para que o produto Movimento Paraolímpico possa ser utilizado estrategicamente por seus parceiros para divulgação e comercialização de seus produtos e serviços, bem como para a conquista, manutenção e fidelização de seus clientes;
• Implantar uma estrutura operacional e promocional dos eventos capaz de atender às expectativas e interesses estratégicos dos parceiros e seus clientes;
• Desenvolver e implantar um programa de capacitação de recursos humanos em forma de seminários e oficinas de administração e marketing esportivo de âmbito regional e nacional, visando modernizar e instrumentalizar as associações filiadas de gestão e clubes de prática do esporte paraolímpico;
• Criar, desenvolver e implantar um programa de licenciamento do Movimento Paraolímpico de âmbito nacional.
Objetivos Técnicos
• Proporcionar condições técnicas e científicas para o desenvolvimento dos atletas integrantes da Equipe Paraolímpica Brasileira;
• Criar um ranking nacional para os atletas paraolímpicos brasileiros;
• Padronizar os métodos e instrumentos de avaliação da performance dos atletas;
• Fomentar a realização de competições nacionais para a motivação e detecção de novos talentos;
• Estimular a participação de atletas e equipes paraolímpicas brasileiras em competições internacionais;
• Capacitar e qualificar profissionais envolvidos nos setores meios e fins, constituintes do processo paraolímpico;
• Estimular a qualificação profissional dos atletas paraolímpicos, visando o planejamento da pós-carreira esportiva dos mesmos;
• Identificar condições de trabalho para os atletas paraolímpicos, visando sua inclusão social e profissional;
• Criar e implantar um calendário para o esporte paraolímpico brasileiro;
• Proporcionar uma infra-estrutura de desenvolvimento do esporte de alto-rendimento para pessoas com deficiência do País;
• Estabelecer normas e critérios de qualidade e funcionamento para as Associações Filiadas e Clubes Paraolímpicos, visando a padronização dos instrumentos gerenciais de acompanhamento de processos, projetos e resultados.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Instituto Superar apresenta o Centro de Treinamento Paraolímpico

O Instituto Superar reuniu os principais nomes do esporte paraolímpico nacional nesta segunda-feira (07/12) para o lançamento da pedra fundamental do Centro de Treinamento Paraolímpico, em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O complexo tem como finalidade tornar-se referência para o esporte paraolímpico no Brasil.
Idealizado pelo Superar e patrocinado pela Unimed-Rio, Ale Combustíveis, You Move e pelo Laboratório MSD, o CTP será adaptado para ser acessível e alojar atletas de 15 modalidades em suas diversas etapas de treinamento.
Com 40 mil metros quadrados, as instalações receberão esportes como natação, atletismo, futebol de 5 e de 7, basquete, vôlei, halterofilismo, judô, goalball, esgrima, bocha, tênis de mesa, tênis e tiro com arco. As obras terão início em janeiro de 2010 e têm previsão de funcionamento já para 2011.
O CTP está sendo preparado para ser o principal núcleo paraolímpico do país, com a construção de equipamentos esportivos de ponta e será 100% acessível, o primeiro da América Latina com essas características.

O lançamento da pedra fundamental do CTP reuniu mais de 20 atletas de peso como os nadadores recordistas mundiais Daniel Dias e Andre Brasil; os cegos mais rápidos do mundo Terezinha Guilhermina e Lucas Prado; o tetracampeão paraolímpíco Antônio Tenório além de muitos outros medalhistas nos Jogos de Pequim 2008.

Acessibilidade - Esportes Adaptados: Urece-esporte

Acessibilidade - Esportes Adaptados: Urece-esporte

Urece-esporte

É uma associação não governamental sem fins lucrativos com sede no município do Rio de Janeiro. Buscamos, através do desenvolvimento de atividades esportivas e culturais, contribuir para a formação de pessoas com deficiência visual de modo a favorecer sua inclusão na sociedade. Nosso maior objetivo é dar o suporte que nossos beneficiados necessitam para que possam se desenvolver como esportistas, artistas e cidadãos.
Fundada em outubro de 2005, a Urece Esporte e Cultura congrega pessoas com diferentes graus de deficiência visual, instrutores com diversas qualificações nas áreas do paradesporto e da cultura, profissionais de saúde especializados no esporte adaptado e demais interessados na promoção e no desenvolvimento de tais atividades.
O maior diferencial da Urece está no fato de ser uma associação fundada e regida por deficientes visuais com a ajuda de profissionais com vasta experiência no desenvolvimento de atividades voltadas para este segmento. A associação surgiu do desejo de atletas e treinadores de construírem juntos uma associação que fosse voltada inteiramente para esporte e cultura para deficientes visuais, de modo que todos os recursos pudessem ser investidos no desenvolvimento das metas da Urece.

Urece-cultura



“Se eu sou uma artista, o que quero que chegue primeiro às pessoas é a minha arte, não minha deficiência" - Sara Bentes, cantora e compositora, pessoa com deficiência visual.
A arte já demonstrou ter papel fundamental como fator de inclusão social para qualquer segmento oprimido pela discriminação e pelos rótulos negativos. Afinal de contas, integrar um grupo musical, de teatro ou de dança é se sentir membro de um corpo, parte de um todo. Para o deficiente, geralmente excluído da vida social, isso é ainda mais importante porque significa cidadania, auto-estima e confiança. Cultura e esporte se aproximam nos benefícios que trazem ao portador de deficiência visual. A dança e o teatro, por exemplo, permitem que a pessoa cega descubra as potencialidades e limites de seu corpo, além de desvelar uma nova forma de linguagem até então ofuscada pela própria deficiência: a expressão corporal.
Já a literatura, por dispensar o apelo imagético, estimula o poder do imaginário, permitindo que o deficiente visual não só se envolva com o caráter ficcional do livro, mas também faça dele um instrumento de conhecimento sobre as coisas que o cercam.
Para nós, a arte é uma ferramenta de inclusão social e de busca da cidadania, mas é também um meio de o deficiente se afirmar como profissional de sua área e ser valorizado e reconhecido como tal. Com base em histórias de sucesso de membros da Urece Esporte e Cultura, acreditamos que outros jovens possam seguir seus passos e se tornarem artistas de alto nível.
A Urece Esporte e Cultura atualmente organiza aulas de dança, em parceria com a Faculdade Angel Vianna, além de incentivar o grupo musicalMúsica O Som do Invisível. Formado inteiramente por músicos com deficiência visual, o objetivo do grupo é tocar as pessoas pela arte e não por sua deficiência.
Urece - Esporte e Cultura para Cegos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

SOBAMA

A Sobama, Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada, fundada em 9 de dezembro de 1994, na cidade de São Paulo, é uma sociedade civil de caráter científico e educacional sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria que visa o progresso dos estudos da atividade motora adaptada em todas as suas áreas.
A idéia da criação da Sobama nasceu de vários profissionais que atuando na área por vários anos, sentiram a necessidade de se aglutinarem em uma sociedade de caráter científico, facilitanto, desta forma, o intercâmbio e a troca de experiência.

Por que atividade motora adaptada enão educação física adaptada?

Em muitos lugares utiliza-se tanto os termos educação física adaptada como atividade motora adaptada. Na Sobama considera-se que a palavra atividade motora enfatiza as necessidades de vivências relacionadas ao movimento corporal em todo tipo de ambiente. A palavra educação, por outro lado, é freqüentemente usada para enfocar indivíduos na idade escolar em ambientes de instrução. A atividade motora adaptada corresponde a um conjunto de atos intencionais que visam melhorar e promover a capacidade para o movimento considerando-se as diferenças individuais e as dispacidades em contextos inclusivos ou não.

Convenção da Guatemala

Reafirmando que as pessoas portadoras de deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que outras pessoas e que estes direitos, inclusive o direito de não ser submetidas a discriminação com base na deficiência, emanam da dignidade e da igualdade que são inerentes a todo ser humano.

Convenção de Salamanca - Espanha

Sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades. Estabeleçam mecanismos participatórios e descentralizados para planejamento, revisão e avaliação de provisão educacional para crianças e adultos com necessidades educacionais especiais.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Thomas Fogel e Anne Cormorant

Fogel é fisioterapeuta há quatro anos e integra a seleção francesa há três. Ele explica que o trabalho da fisioterapia é diferente com os paratletas, porque uma pessoa que tem apenas um braço faz um esforço maior deste lado, logo, é natural que faça uma compensação do lado oposto. Para este fato é necessária uma intervenção para auxiliar o atleta a buscar uma melhor postura dentro da água e, consequentemente, melhorar sua performance. Por este motivo, o trabalho da fisioterapia começa ao mesmo tempo em que se inicia o ciclo de treinamentos.
Fogel participa indiretamente dos campeonatos regionais para auxiliar a comissão técnica, mas sua participação efetiva é quando a seleção francesa se prepara para competições internacionais. Ele chegou à seleção francesa através do convide de Anne Cormorant, técnica, que precisava de um fisioterapeuta jovem.
Cormorant é responsável por organizar os jogos na região norte da França, onde tem como função a descoberta de talentos e promover a popularização do esporte.
Tem formação em educação física e é mestre em natação. O para desporto surgiu na sua vida quando foi dar aulas numa escola que tinha pessoas com deficiência.
Na França existem cursos de especialização em seis semanas e outros cursos em uma semana.
A sociedade francesa valoriza as pessoas com deficiência ou baixa mobilidade, mas ainda é preciso amadurecer o apoio ao para desporto, pois dos 20 atletas que tinham índice para a competição no Rio de Janeiro, apenas 8 puderam vir. Estes apresentaram um bom resultado, pois foram 18 medalhas conquistadas em piscina de 25m. O “Campeonato Mundial em piscina de 25m” foi uma das etapas de preparação para o mundial em piscinas de 50m, a ser realizado em agosto de 2010, na Holanda.





Juanpablo Rosatti



Este atleta tem 26 anos e nasceu na cidade de Córdoba, atualmente vive em Buenos Aires – Argentina, onde pratica a natação, como paradesporto.
A natação surgiu na sua vida em função de um problema físico que ocorreu na sua vida. Antes, porém, Rosatti praticava futebol e basquete. Mas aos 11 anos ele precisou amputar a perna esquerda. A condição de deficiente em que se encontrava aconteceu graças a um tumor cancerígeno.
A recuperação, através da fisioterapia, mostrou-lhe a possibilidade da natação, pois era uma forma de reabilitação física que não o deixava muito fatigado.
Segundo Rosatti, o Governo Argentino, não tem condições de apoiar muito os esportes amadores, inclusive o para desporto. O para desporto é uma saída para a reabilitação, por este motivo atingir o índice para competir no exterior é um esforço individual. São apenas quatro competições por ano em todo país.
Rosatti participou de três Panamericanos, 2 Mundiais e 1 Paraolimpíada, em Pequim. Apesar de receber apoio do Governo, através das federações, Rosatti conta muito com o apoio dos amigos e dos pais.
A cidade de Buenos Aires tem algumas estratégias de adaptação para a circulação de pessoas com deficiência e pouca mobilidade, mas ainda falta muita coisa para ser ideal, sobretudo é preciso mudar a consciência das pessoas em relação a este assunto.
Sua classificação é a S-9 e sua especialidade é a prova de 100m costas.

Contato: eljuan83@argentina.com

Stephanie Millward

Atleta inglesa moradora de Swansea, tem 28 anos e apresenta uma lesão leve, mas que a qualifica entre os atletas com deficiência.
Millward sofreu uma esclerose múltipla aos 17 anos, que comprometeu parte da visão e a coordenação motora das pernas. Após uma competição ou um esforço intenso ela precisa do auxílio da cadeira de rodas, pois não tem muita força nas pernas.
Se a doença a levou a uma condição de deficiência física, o clima de sua cidade propiciou a prática da natação, pois ela nada desde os 4 anos de idade.
Ela chegou a seleção inglesa após bater um record na prova de 100m costa no campeonato nacional (1998), então seu namorado a apresentou aos técnicos e, a partir desta data, foi procurada para integrar a equipe de seu país.
Na Inglaterra é organizado apenas um campeonato de paradesporto por ano envolvendo a natação, entretanto há outros torneios regionais que servem de preparação para o nacional.
Sua classificação é S-9 e suas provas são: borboleta, costas, livre e medley.
No primeiro Campeonato Mundial em Piscinas de 25m, realizado no Rio de Janeiro, ela ganhou 6 medalhas: 2 de ouro, 3 de prata e 1 de bronze.
Contato: stephanielmiss@aol.com

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mpho Mainganye

Atleta sul africano nascido em Soweto – Joanesburgo, tem 18 anos. Sua deficiência é congênita e mostra a má formação dos membros superiores. A causa do seu problema é desconhecida, mas sabe-se que sua mãe também tem má formação em uma das mãos. Mpho tem os dois braços encurtados e as mãos são deformadas e isso traz algumas dificuldades no convívio em sociedade.
A SASCOC (South AmericanSports Confederation Olympic Committes) oferece pouco apoio à sua delegação. Os atletas sul africanos devem pagar seus custos para estar no Campeonato Mundial de Natação em piscinas de 25m, a ser realizado no Rio de Janeiro. Os dois atletas negros não tinham recursos para participar, então eles prestaram serviços na escola para conquistar o direito de viajar junto com a delegação.
Esta é a primeira competição de Mpho, mas ele nada desde os 7 anos de idade. Sua classificação é S7 e as provas concorridas são: 200m e 50m livres, 100m peito, 100m medley.
Peta Kaplan é a chefe da delegação e disse que apesar do quadro, existe uma política pública para o desenvolvimento dos paraatletas.
E-mail: mphomr@gmail.com
petak@gpg.gov.za
peta@yebo.co.za

Rodrigo Machado

É um atleta oriundo do Rio de Janeiro, componente da Seleção Brasileira, que apresenta uma deficiência visual desde muito jovem. Sua baixa visão é marca de nascença, em que apresentava apenas 30% no olho esquerdo e 40% no direito.
Sua situação se agravou quando foi alvejado por uma bola de tênis, aos 11 anos. Houve uma coagulação que afetou a fragilidade da retina.
Aos 12 anos, após uma cirurgia mal sucedida, o atleta passou a não apresentar mais nenhuma visão.
Rodrigo já era um atleta de natação e praticava travessias no mar acompanhado dos familiares, após o agravamento da lesão passou a freqüentar o Instituto Benjamin Constant, nesta instituição passou 13 anos. Em função de necessidade de novos treinos, sobretudo no período de férias, migrou para outra instituição que poderia garantir as suas necessidades de preparação para as provas de natação, a ONG: URECE.
Sua classificação é SB11. A letra “B” indica que é um atleta com deficiência visual.
Suas provas: 50m livres, 100m peito e 4 x 100.

www.urece.org.br

Charles Rozoy

Rozoy tem 22 anos e pratica o paradesporto há um ano e meio, mas ele já era praticante de natação. Já era atleta e participava de competições locais. O atleta nada há dezeseis anos, por isso a adaptação foi apenas uma conseqüência na sua vida.
Ele trabalhava como salva-vidas em piscinas e quando voltava para casa, de moto, sofreu uma colisão e foi jogado por baixo do muro de proteção que separa as estradas francesas. O acidente gerou uma lesão, que rompeu os ligamentos responsáveis pelo braço esquerdo, o atleta teve preservado o movimento da mão, mas ficou limitado.
Sua primeira competição internacional, como paratleta foi na Islândia – de 15 a 25 de outubro de 2008, onde ganhou a medalha de ouro na prova de 100 metro borboleta.
No Rio de Janeiro, participou do Campeonato Mundial de Natação em piscina de 25 metros, foi classificado na categoria S8, onde ganhou uma medalha de ouro, na mesma prova e outra de bronze, nos 50 metros livres.
Rozoy nasceu na cidade de Dijon – França. Em sua cidade, a natação não é muito forte, pois são poucas piscinas porque a demanda, também é muito pequena. O atleta se destacou em função de utilizar a estrutura existente desde o período em que era atleta sem deficiência.
A cidade de Dijon tem vocação para o paradesporto tiro com arco e tênis de mesa adaptado.

Contato: rozoycharles@hotmail.fr

David Smétanine

É um atleta francês paraolímpico com 35 anos. Nasceu na cidade de Grenoble, sudeste da França.
Sofreu um acidente de carro aos 21 anos e foi cuspido pela janela, por este motivo não tem os movimentos das pernas. O acidente deixou uma lesão na região cervical e outra na dorsal. A lesão foi parcial, foi uma compressão da medula por isso a recuperação foi mais fácil e atualmente ele mexe os braços e as mãos.
No que tange ao corpo humano, nada é sempre muito exato. No caso de David Smétanine, a lesão na região cervical foi mais fácil de recuperar do que a da região lombar. Paradoxalmente, a região cervical é responsável por mais órgãos vitais, localizados no tórax, por isso mais complexa. Mas foi a região lombar que o deixou dependente de uma cadeira de rodas. As provas de natação adaptada são divididas em classes, em que o S1 é o atleta que tem o maior comprometimento pela lesão, enquanto que o S10 tem o menor comprometimento funcional. Smétanine está classificado em S4. Suas provas são 50, 100 e 200 metros. Ele nada os quatro estilos, entretanto a sua preferência é pelas provas de velocidade, sobretudo o estilo livre.
Participou de duas copas da Europa, Olimpíadas de Atenas – 2004 e Pequim – 2008, três copas do mundo. No primeiro Campeonato Mundial de Piscinas de 25 metros, realizado no Rio de Janeiro, Smétanine ganhou uma medalha de ouro e outra de prata.

Contato: david.smetanine@wanadoo.fr