segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ressignificando conceitos e práticas da educação especial

A criança com necessidades especiais não é uma criança ontologicamente deficiente, porém uma criança como todas as demais, com particularidades definidas na sua aprendizagem.
Deve-se evitar definições ontológicas. A deficiência é uma situação de vida que, ainda que em um estado permanente, não deve definir os atributos individuais.
Não há pessoa deficiente, porém uma pessoa (como todas as demais), cujo um dos seus atributos é não ouvir, não ver, não andar, e assim por diante.
Enquanto as especiais ou os espaços institucionais especializados para pessoas com deficiência constituíram-se nas iniciativas pioneiras no sentido do atendimento terapêutico e educativo das mesmas, por outro lado, acabaram por acentuar uma compreensão equivocada ou por projetar um conceito social igualmente equivocado: o de que elas constituíam-se em pessoas incompletas ou deficientes.
O problema reside nas posturas concretas que se verificam socialmente, ou seja, com freqüência assistimos a uma práxis social limitadora, subjulgadora e castradora dos potenciais humanos e funcionais das pessoas com necessidades especiais.
Predominam, representações sociais a partir de uma abordagem centrada no déficit e no desvio da norma social. Na dimensão das instituições sociais, deparamo-nos com uma racionalidade que defende a separação institucional e conseqüente demarcação social de espaços para as “pessoas especiais”.

Hugo Otto Beyer1
Inclusão: Revista da educação especial
Agosto 2006

3 comentários:

  1. Dentro de uma proposta de educação inclusiva temos a possibilidade de vivenciar enquanto educadores as potencialidades destas crianças. Trabalho em uma escola inclusiva e pude mudar completamente minha visão com relação aos casos que trabalhei diretamente. Em todos os casos obtivemos resultados surpreendentes que em muito nos satisfaz e emociona. Cada um deles, assim como as crianças ditas " normais", tem seus limites e potencialidades a serem trabalhadas. O importante é que a nossa postura enquanto educadores seja trabalhada no aspecto de compreendermos que cada um é um!
    Patrícia Calvano de Freitas Cordeiro. Aluna do curso de Educação Física turma 20151I

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  2. Dentro da pespectiva de uma educação inclusiva, é necessário que as entidades públicas e privadas, estejam preparadas para receber alunos portadores de necessidade especiais e não a criação de escolas específicas para tais alunos.
    Cabe ressaltar ainda, que essa preparação se estende também aos educadores. Dessa maneiras podemos começar a pensar na inclusão deses alunos especiais.

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  3. Existe uma polêmica entre pais de crianças especiais e os próprios educadores em relação aos espaços especializados para pessoas com deficiência. Enquanto muitos acreditam que essas instituições acabam isolando mais do que incluindo, outros tantos creem serem fundamentais para o desenvolvimento intelectual dos alunos. Analisando de fora acredito que em certo ponto ambos tem razão. Da mesma forma que é de extrema importância a inclusão de alunos em colégios tradicionais, em outros casos, quando a criança requer uma atenção maior, de acordo com suas limitações, a instituições "especiais" se fazem fundamentais. Ass: Milton Gimenes, aluno de Ed. Física da Universo de Niterói.

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