sexta-feira, 8 de junho de 2012

Acessibilidade é questão prioritária nas Olímpiadas


A questão da acessibilidade para os Jogos Olímpicos de 2016 é prioritária neste momento, avalia o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), o ex-ministro Marcio Fortes. Segundo ele, este ano terão início os projetos básicos das instalações dos Jogos, na Barra da Tijuca, que se estenderão até fevereiro de 2013. Além disso, há os projetos executivos, cuja previsão de conclusão no estado é abril do próximo ano.

O presidente da APO vai discutir com a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e representantes dos ministérios públicos Federal e Estadual a necessidade de se fazer algum ajuste na área da acessibilidade para os Jogos Olímpicos. No próximo dia 4, está agendada reunião, às 11h, com o Ministério Público Federal, em Brasília, sobre o tema. O debate deverá envolver também as entidades representativas de pessoas com deficiência.

Exigências
A discussão da acessibilidade durante os Jogos envolve a questão dos percentuais aplicáveis às exigências legais ou aos interesses dos organizadores. Marcio Fortes destacou que a tendência inicial é seguir a lei do país no que se refere às pessoas com deficiência. A legislação brasileira estabelece que 2% da capacidade dos estádios têm que estar reservados a pessoas que precisam de cadeiras de rodas para se locomover e seus acompanhantes, que não podem estar concentrados em uma única área determinada. No exterior, o percentual estabelecido é 1%. O respeito aos direitos das pessoas com deficiência está relacionado às instalações, no caso de cadeirantes; ao piso tátil, no caso de pessoas com deficiência visual; e a acompanhantes, para quem tem deficiência auditiva.

Lei Geral da Copa
Marcio Fortes Fortes informou que a Lei Geral da Copa, aprovada pelo Congresso Nacional, trata da reserva de bilhetes para pessoas com necessidades especiais. “Mas não fala em 2%”. As entidades poderão negociar até 1% do total de bilhetes disponibilizados para esse segmento da população, condicionados à existência de facilidades específicas, entre as quais rampas e banheiros com portas maiores e barras de apoio.

Alterações nos projetos 
A questão da bilheteria pode estar por trás dos problemas relativos à acessibilidade para pessoas com necessidades especiais. Ele lembrou que alterações nos projetos representam aumento de custos. Por outro lado, disse que é preciso atentar para a segurança das pessoas com deficiência



Disponível em: http://www.diariopopular.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?id=4&noticia=52727
Em 08-06-2012.

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