Acessibilidade e inclusão

Estes termos estão muito em voga, ultimamente. A acessibilidade está para além de dar condições a pessoas deficientes para consumir ou usufruir dos bens culturais dispostos na sociedade. Estamos falando do envelhecimento. Alguma coisa vem mudando na nossa sociedade e paulatinamente podemos perceber a reorganização da pirâmide etária. A fertilidade diminuiu, a taxa de mortalidade infantil diminuiu, a espectativa de vida aumentou, provavelmente porque a indústria farmacêutica se desenvolveu, estas são algumas justificativas para se chegar a esta conclusão. O fato é que o Brasil não é mais um país jovem! E precisamos nos preparar para trabalhar com pessoas que estão atingindo os 60 anos com saúde. A modificação da sociedade deve acompanhar o paradigma do envelhecimento, pois tornar mais acessível a vida deste grupo de pessoas também é uma forma de inclusão social.

Carrossel de Esportes

O projeto Carrossel de Esportes foi concebido para a comunidade do Complexo do Quitungo, situado no bairro de Vila da Penha, no segundo semestre de 2007, atendendo a solicitação de uma parceria entre a comunidade e a UNISUAM. Esta região, localizada na zona norte da cidade era acometida de muita violência e falta de estrutura para socialização da população. Por este motivo o projeto Carrossel de Esportes propôs atividades que atendam esta demanda

As professoras Renata e Rafaela dinamizavam os encontros, onde usavam muita criatividade para trazer novos elementos como ferramentas para estreitar o relacionamento entre as alunas.

Reorganização do tempo com a perspectiva do envelhecimento.

Até bem pouco tempo a velhice era aliada da aposentadoria, significando saída do mercado de trabalho e, conseqüentemente, perda de um importante papel social.
Estudos mostram que é notório este envelhecimento. Por conseguinte, a legislação cria recursos para garantir direitos à população em questão. A sensibilidade da sociedade civil promove espaços que acolham os idosos, como os Centros de Convivência (BRASIL, 2003) onde são oferecidas atividades de integração e inserção social. Esta ação aponta para a ocupação, de idosos, dos espaços antes considerados inadequados para esta faixa da população. Estes espaços se configuram como educação continuada e permanente, logo, o retorno à escola torna-se um outro bom exemplo.
Paulo Freire não se dedicou a uma educação intergeracional, porém seu trabalho tem eco na possibilidade de educar pessoas independentemente da sua idade. A educação, entretanto, com base no ideal freireano fortalece a inclusão social destas pessoas. Se o século XXI descortina uma velhice mais competente e mais ativa, como, então negar uma sociedade que não atenda às suas necessidades?